Menu
Fechar

Pós-doutorandos

  • Pedro Artur Baptista Lauria Projeto: Por um Suburbanismo Fantástico Brasileiro

    Período do desenvolvimento:
    Março de 2024 a março de 2026

    Supervisor(a):
    India Mara Martins

    Resumo do projeto:

    O projeto tem como objetivo central fomentar e consolidar os estudos do Suburbanismo Fantástico no Brasil. O subgênero, categorizado em 2019 pelo pesquisador, Angus McFadzean, é marcado por clássicos infantojuvenis dos anos 1980 como E.T. – O Extraterrestre, Os Goonies, De Volta para o Futuro, Gremlins e Esqueceram de Mim. Neles, crianças e jovens são responsáveis por restaurar o status quo dos subúrbios e cidades pequenas após disrupção extraordinárias. O subgênero retornou com força nos anos 2010, a partir de filmes e séries como Super 8, It – Capítulo 1, Stranger Things e Fear Street. No mesmo período, o Brasil, começou desenvolver suas produções do subgênero como é o caso de O Escaravelho do Diabo, O Segredo dos Diamantes, Mate-me Por Favor, Boca a Boca e Turma da Mônica – Laços. Sem nunca antes ter sido mapeado, categorizado ou estudado, a presente pesquisa pretende compreender as especificidades e particularidades por trás do suburbanismo fantástico brasileiro. Trata-se de discutir uma visão nacional de um subgênero que em sua origem está pautado nos valores dos subúrbios de classe média estadunidenses, como o consumismo, o androcentrismo, a nuclearidade familiar, a branquitude e o carrocentrismo.

  • Jéferson Cristiano Cardoso Projeto: As narratologias do streaming: desvendando as alterações provenientes deste novo espaço de transmissão audiovisual.

    Período do desenvolvimento:
    Março de 2024 a março de 2026

    Supervisor(a):
    India Mara Martins

    Resumo do projeto:

    Em um mundo no qual as narrativas são cada vez mais complexas, no qual existe não somente a hipertelevisão (SCOLARI, 2014), e o hipercinema (LIPOVETSKY E SERROY, 2009), mas também o hiperaudiovisual (CARDOSO, 2022), torna-se vital entender os diferentes tipos de narrativas existentes, não apenas conceitos como Narrativa Transmídia (JENKINS, 2009) e Intertextualidade Transmidiática (KINDER, 1991), mas as diversas formas de narratologias, de complexidades narrativas (MITTELL, 2012), geradas pelos novos espaços de transmissão audiovisual – como as plataformas de streaming –, os quais alteraram a forma de entregar os episódios de ficção seriada, que muitas vezes passaram a ter temporadas inteiras lançadas simultaneamente em um único dia. Vale destacar que em 2021 existiam 47 plataformas diferentes no Brasil. Com vista nisso, e em como essa nova forma de distribuição, transmissão e consumo altera essas narrativas, torna-se importante estudar o fenômeno que é as narratologias do streaming, dessa forma desvendando as alterações provenientes deste novo espaço de transmissão audiovisual. Para isso, o embasamento teórico adotado para essa pesquisa inclui autores como Anderson (2006), Cardoso (2017, 2022), Gaudreault e Jost (2009), Innis (2011), Jenkins (2009), Johnson (2012), Lipovetsky e Serroy (2009), Mittell (2012), Scolari (2014a, 2014b), dentre outros.

  • Marisa de Fátima Lomba de Farias Projeto: Epistemologias Feministas Decoloniais na Formação de Educadoras/es Audiovisuais: um estudo da filmografia de Juliana Rojas.

    Período do desenvolvimento:
    03/06/24 - 02/06/25

    Supervisor(a):
    Profa. Dra. Eliany Salvatierra Machado

    Resumo do projeto:

    O projeto de pesquisa apresenta como objetivo principal, refletir sobre cinema feminista e educação feminista na ótica decolonial, apropriando-se da perspectiva transversal de gênero como aportes teórico-metodológicos à criação de alternativas à formação de educadoras e educadores. Esta orientação teórica se fará presente nas análises sobre a realidade, sobre o cotidiano na escola e fora dela, direcionando-as à problematização de valores e visões de mundo dominantes, de modos a abrir a experiência para novas e múltiplas subjetividades, bem como, debater outros temas relacionados à problemática central de nossa proposta de estudos. Neste sentido, a pesquisa pretendida será uma ferramenta fundamental para qualificar projetos de pesquisa e extensão em andamento, que possuem, como público de diálogo, comunidades escolares e grupos sociais viventes em realidades precarizadas. Nossa estratégia de pesquisa com o tema, “cinema feminista e educação feminista”, é promover relações dialógicas para a formação de educadoras e educadores como princípio estético e como práxis epistemológica feminista decolonial, com vistas à outros horizontes possíveis, em meio à travessia entre o vivido e o imaginado. Assim, nossas reflexões supõem as Epistemologias Feministas Decoloniais (EFDs) como uma base teórica, metodológica e política, na invenção de caminhos da extensão, ensino e pesquisa (inversão proposital), inter/intraligados a pessoas plurais, viventes de condições históricas interseccionadas por marcadores de classe, raça, etnia, gênero. Pretendemos, como aporte de nossa estratégica do pensar e do agir, que as análises da filmografia da cineasta brasileira Juliana Rojas que dirigiu o filme “Cidade; Campo (2024)” (tendo como cenário localidades da fronteira Brasil/Paraguai, no estado do MS, cujo enredo envolve conflitos de gênero em condições sociais e históricas análogas às experiências vividas na região), apresentá-lo às comunidades selecionadas em nossos projetos, para que recolhamos reações e respostas, enquanto dialogamos e refletimos, nós e as pessoas das referidas comunidades, sobre nossas existências-mundos e, quiçá, o quanto o cinema pode significar uma tecnologia-ferramenta social inspiradora a quem quer e pode enxergar o mundo por lentes coloridas, diversas, inusitadas, metamorfoseando-o. Quem sabe, o cinema possa se apresentar como mosaicos feministas, para aquelas e aqueles que desejam aprender a desenovelar a realidade. Por fim, lançaremos mão de observação participante com registro em caderno de campo, círculos de diálogos e entrevistas semiestruturadas com o objetivo de compreende e analisar a recepção e o envolvimento com as ações do projeto de pesquisa.

    Palavras-Chave: Cinema Feminista. Educação Feminista, Teoria Decolonial, Formação docente;

  • Patricia Horta Alves Projeto: Quilombo Mocambo: um estudo das práticas de cinema-educação a partir da perspectiva decolonial.

    Período do desenvolvimento:
    31/05/24 - 30/05/25

    Supervisor(a):
    Profa. Dra. Eliany Salvatierra Machado

    Resumo do projeto:

    A proposta da pesquisa intitulada, Quilombo Mocambo: um estudo das práticas de cinema-educação a partir da perspectiva decolonial, tem como objetivo apresentar a educação audiovisual para as meninas da comunidade e realizar uma série de produções sobre o Quilombo, inter-relacionando ensino, pesquisa, extensão e luta pela terra a partir do cinema, audiovisual e educação.
    Embora Sergipe tenha reconhecido 32 territórios quilombolas, apenas quatro são titulados; Mocambo, Pirangi, Lagoa dos Campinhos e Serra da Guia. A Comunidade Quilombola Mocambo fica no Alto Sertão Sergipano, no Município de Porto da Folha/ SE, ribeirinha do Rio São Francisco, vizinha à área indígena dos Xokó.
    O povo Xokó é uma referência para Mocambo. A demarcação das terras indígenas foi fundamental no reconhecimento dos/as mocambeiros/as como remanescentes quilombolas, a mobilização da comunidade para delimitação e reconhecimento do território e, por fim, nos anos que se seguiram a titulação e a certificação das terras.
    Esta história de luta e conquista da comunidade foi encenada pelo Grupo Teatral Resistência Quilombola com a apresentação da peça A Fazenda São Francisco.
    Nas falas de crianças e adolescentes, majoritariamente meninas, de 10 a 14 anos, revivemos a história da população ribeirinha, pequenos agricultores e agricultoras que sobreviviam do plantio de arroz e da mandioca como meeiros da Fazenda São Francisco. Assistimos as ameaças de expulsão de suas casas, o processo de reconhecimento como remanescentes quilombolas, a organização da comunidade para reivindicar o direito às terras e principalmente a solidariedade do Povo Xokó na luta por direitos e demarcação das terras. A peça em si nos impacta por seu um texto de luta que se mescla ao entoar de cantos de mocambeiros e do Povo Xokó.

  • Felipe Davson Pereira da Silva Projeto: A formação da censura cinematográfica no Rio de Janeiro (1907-1922)

    Período do desenvolvimento:
    01/08/24 - 01/08/25

    Supervisor(a):
    Prof. Dr. Reinaldo Cardenuto

    Resumo do projeto:

    Este projeto de pesquisa tem o objetivo de analisar a formação da censura cinematográfica na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1907 e 1922. Conforme o cinema se expandia na então capital federal nas primeiras décadas do século XX, a atenção ao seu consumo se intensificava. A República vivia grandes mudanças e tensões, e setores da elite e das classes médias urbanas começaram a recear que os filmes, de alguma forma, ofendessem os valores morais vigentes, questionassem o status quo ou mesmo “educassem” as “classes perigosas” para o crime. De acordo com a lógica que acreditava que tudo isso era possível, utilizar a legislação para reforçar a ação policial poderia ser o caminho mais eficaz para impedir tais acontecimentos. Assim, durante esse período, foram produzidos alguns decretos importantes visando à regulamentação das diversões públicas. Perceber quais foram as estratégias utilizadas pelas autoridades e aplicadas pela polícia para um controle mais rigoroso do que se projetava nas salas permite tanto identificar possíveis ameaças (reais e imaginárias) para o projeto de nação desenvolvido pelas alas conservadoras quanto o seu pensamento sobre o papel de estabelecimentos cinematográficos para uma educação “civilizadora”. Através da análise documental e do paradigma indiciário, iremos focar em documentos oficiais, produzidos sobretudo pela polícia, além de informações fragmentadas sobre o tema, que foram veiculadas pela grande imprensa carioca. Dessa maneira, contribuiremos para revisar e ampliar diversos aspectos relacionados à historiografia sobre a censura cinematográfica no Brasil. Afinal, não se pode esquecer a centralidade do Rio de Janeiro na Primeira República.

  • Diego Chabalgoity Projeto: Ficção Científica, Filosofia e Estética marxista

    Período do desenvolvimento:
    19/08/24 - 18/08/25

    Supervisor(a):
    Profa. Dra. Marina Cavalcanti Tedesco

    Resumo do projeto:

    O projeto de Pós-Doutorado “Ficção Científica, Filosofia e Estética marxista” investiga as relações entre ficção científica, filosofia, ciência e divulgação do conhecimento. Busca a fundamentação de uma estética marxista direcionada ao estudo da ficção científica, sobretudo no que diz respeito às expressões mais difundidas desse gênero na atualidade, a saber: as artes cinematográficas e audiovisuais.

  • Paulo Souza dos Santos Júnior Projeto: Estética algorítmica: o emergente paradigma da cinematografia contemporânea

    Período do desenvolvimento:
    12/08/24 - 11/08/25

    Supervisor(a):
    Profa. Dra. Marina Cavalcanti Tedesco

    Resumo do projeto:

    A pesquisa investiga a relação entre algoritmos e estética no contexto da imagem digital. A proposta central parte da ideia de que os algoritmos são agentes constitutivos, transformando tanto a criação quanto a interpretação visual e dando origem a uma estética algorítmica própria. O estudo desafia as fronteiras tradicionais entre o real e o virtual, o original e a cópia, bem como a concepção de autoria única, ao reconhecer a participação ativa dos processos computacionais na produção de sentido. Paralelamente, a pesquisa explora a ontologia da imagem digital, questionando sua materialidade, autenticidade e significado na era dos dados e da automação. Com uma abordagem interdisciplinar que dialoga com teorias de comunicação, estética e cultura digital, o trabalho propõe novos paradigmas teóricos para compreender as complexas inter-relações entre tecnologia, sociedade e arte, ampliando as possibilidades de análise e criação no campo visual.

    Palavras-chave: estética algorítmica; imagem digital; ontologia da imagem; cinematografia