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Corpo Docente

Os pesquisadores docentes do Programa de Pós-graduação em Cinema – PPGCine estão distribuidos em duas linhas gerais de pesquisa: Narrativas e Estéticas e Histórias e Políticas.

L1NARRATIVAS E ESTÉTICAS

Permanentes

  • Elianne Ivo

    Interesses gerais de pesquisa: Teoria e formas de montagem cinematográfica; edição de TV; narrativas multitelas e tecnologia.

    Lattes

  • Fernando Morais da Costa

    Interesses gerais de pesquisa: Tem como objetos de pesquisa o Som no cinema em suas múltiplas relações com as imagens; Cinema brasileiro e latino-americano; Vertentes do cinema contemporâneo; Teoria do cinema em suas relações interdisciplinares com demais campos do pensamento.

    Lattes

  • India Mara Martins

    Professora Associada do Departamento de Cinema e Vídeo, na área de Design Visual/Direção de Arte, coordenadora do Acervo Material para direção de Arte e do Observatório de Cinema e Audiovisual -OCA_UFF e vice-coordenadora da Araci Incubadora de Projetos de Cinema e Audiovisual. Mestre em Multimeios pela Unicamp, com a dissertação “A paisagem urbana no cinema de Wim Wenders”. Doutora em Design pela Puc-Rio, com a tese “Documentário Animado: experimentação, tecnologia e design”. De 2015 a 2017 foi  coordenadora institucional do projeto Inventar com a Diferença, realizado pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e pelo Kumã, laboratório do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense / UFF. Em 2019 foi coordenadora geral do 4o. Festival de Cinema do BRICS realizado pelo Departamento de Cinema e Vídeo com patrocínio da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério da Cidadania. No período de 2021 a 2023 foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual – PPGCine. Atualmente é membra da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável da Universidade e coordena o projeto interinstitucional UFF-UFPA-UFRB – Legado pandêmico: plataformas audiovisuais viabilizam ensino remoto, contemplado pelo edital da CAPES, Impactos da Pandemia. Desenvolve pesquisas com ênfase em audiovisual, atuando principalmente nos seguintes temas: direção de arte, sustentabilidade, espaço cinematográfico, atmosfera fílmica, audiovisual e, animação, estética e tecnologia.

    lattes: http://lattes.cnpq.br/0511866086660009

    email: indiamartins@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa: audiovisual e sustentabilidade, representação do espaço no audiovisual (espaço diegético, físico, social, paisagem e estética), relação entre linguagens (cinema live action/animação; documentário/animação; ficção/documentário); composição visual e criação de atmosferas no audiovisual, aspectos materiais e sensoriais da direção de arte.

    resumo do projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua:

    Projeto 1
    Título: Produção audiovisual, direção de arte e estratégias de sustentabilidade

    Audiovisual production, production design and sustainability strategies

    Resumo: O objetivo deste projeto é investigar modelos de produção audiovisual sustentáveis e possibilidades de desenvolvimento de propostas para o setor, na perspectiva da tríade de responsabilidades: ambiental, social e econômica. A nossa pesquisa parte do departamento de arte, setor de grande impacto ambiental, uma vez que produz elevada quantidade de resíduos em todas as suas etapas (da pré-produção até a desprodução), faz uso de transporte constantemente, além de mobilizar alto número de técnicos e variados setores de prestação de serviços. Por outro lado, é também um departamento que permite promover o desenvolvimento social, pois pode prever a qualificação e, posterior, contratação de mão de obra local, assim como potencializar o desenvolvimento regional, seja movimentando a economia local, com o envolvimento de prestadores de serviço da região, assim como criando novas alternativas econômicas.

    Palavras-chaves: audiovisual, direção de arte, sustentabilidade

    Projeto 2

    Título: A criação de atmosferas no audiovisual contemporâneo

    The creation of atmospheres in contemporary audiovisual

    O objetivo desta pesquisa é investigar as diferentes estratégias de criação de “atmosferas” no audiovisual contemporâneo a partir da direção de arte. A atmosfera é definida como um espaço energético, composto por forças visíveis ou invisíveis que têm o poder de desencadear sensações e afetos nos receptores (Gil, 2005). Apesar disso, é pouco discutida por não se tratar de um elemento concreto, facilmente perceptível. A atmosfera faz parte das sensações, do que é intangível, tanto em termos de realização como de recepção. A nossa hipótese é que determinadas estratégias utilizadas pelo Production Designer podem levar à sua constituição ou favorecer a sua criação. O que se busca é mostrar que a atmosfera pode ser um elemento concreto de criação, viabilizada através de diferentes

    técnicas pró-filmicas alcançadas com a composição visual, a escolha de locações, a construção cenográfica, a iluminação e, extra-filmicas, como efeitos visuais e especiais, fazendo uso das tecnologias digitais disponíveis na atualidade.

    Artigos publicados:

    MARTINS, I. M. A opressão das mulheres representada em três filmes de animação In: XXV Encontro SOCINE, 2022, São Paulo. Anais de textos completos do XXV Encontro da SOCINE: inventar futuros. USP: USP, 2023. v.01. p.508 – 513

    MARTINS, I. M.; XAVIER, T. A presença do “feminino” na direção de arte no cinema brasileiro In: Trabalhadoras do cinema brasileiro mulheres muito além da direção. 01 ed.Rio de Janeiro: Nau Editora, 2021, v. único, p. 37-58.

    MARTINS, ÍNDIA MARA; MEDEIROS, THERESA CHRISTINA BARBOSA DE. Perspectivas para refletir sobre o novo realismo a partir da representação do espaço e da atmosfera sobrenatural em Quando eu era vivo. Rebeca. , v.8, p.213 – 237, 2020. https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/611. MARTINS, I. M

    MARTINS, I. M. A representação do espaço em Sense8: perspectivas teóricas para análise do espaço na narrativa seriada In: XXVIII Encontro Anual da Compós, 2019, Porto Alegre. Anais -> 2019 – XXVIII COMPÓS: PUC/PORTO ALEGRE. Porto Alegre: , 2019. v.01. p.01 – 21

    MARTINS, I. M. A paisagem potencializando a atmosfera fílmica em Viajo porque preciso, volto porque te amo. CONTEMPORANEA (UFBA. ONLINE). , v.17, p.305-324 – 324, 2019. MARTINS, I. M.; Elianne Ivo. Deserto Azul: paisagens imaginárias no cinema brasileiro. Significação-Revista de Cultura Audiovisual. , v.45, p.113 – 130, 2018. Disponíve em https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/138633

    MARTINS, I. M. A direção de arte e a criação de atmosferas no cinema contemporâneo brasileiro In: A direção de arte no cinema brasileiro.01 ed.Rio de Janeiro: Caixa Cultural, 2017, v.01, p. 82-94.

    MARTINS, I. M. A paisagem no cinema de Wim Wenders. Rio de Janeiro: Contracapa / Faperj, 2014, v.01. p.180.

    MARTINS, I. M. ESTRATÉGIAS VISUAIS E EFEITO DE REAL NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO CINEMATOGRÁFICO In: ALAIC Perú 2014 XII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación, 2014, Lima. XII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación – GI 4 – Las imágenes visuales y audiovisuales en América Latina. LIMA: PUCP, 2014. v.1. p.01 – 20

    MARTINS, I. M. Desejo de Real e Busca pelo Realismo. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE). , v.15, p.47 – 68, 2013. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/87

    MARTINS, I. M. Transitoriedade e permanência nos espaços em Wong Kar-Wai. Contemporanea (UFBA. Online). , v.11, p.161 – 181, 2013.

  • Mariana Baltar

    Doutora em Comunicação pela UFF (2007), professora da graduação em Cinema e Audiovisual da UFF onde desenvolve temas vinculados à dimensão do afeto e do excesso como estratégicas estéticas e matrizes culturais para dar conta do lugar do corpo, das sensações e emoções no contexto da cultura audiovisual contemporânea. É professora do PPGCine (Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual) da UFF. Coordenadora do Nex: Núcleo de Estudos do Excesso nas Narrativas Audiovisuais, publicou o livro “Realidade Lacrimosa” (Eduff, 2019), organizou a obra “Panorama of Brazilian Porn” (Ed. Mimeses, 2018) e diversos artigos entre eles: “Corpos, pornificações e prazeres partilhados”, na Imagofagia (2018), “Atrações e prazeres visuais em um pornô feminino”, Significação (2015); ” Real sex, real lives: excesso, desejo e as promessas do real”, E.Compós (2014); “Entre afetos e excessos: respostas de engajamento sensório-sentimental no documentário brasileiro contemporâneo”, na Rebeca (2013); e o capítulo “Weeping Reality”, no livro Latin American Melodrama. Passion, Pathos, and Entertainment (2009). Em 2021, foi contemplada com edital “Cientista do Nosso Estado” (Faperj) e em 2016, atuou como consultora do Núcleo Criativo Reinvenções do cinema de gênero, organizado pela produtora Tardo Filmes, em Fortaleza.

    Lattes

    E-mail: marianabaltar@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa: Relações corpo e cinema; Excesso; Afeto; Cinema de atrações; Gêneros narrativos; Melodrama; Horror; Pornografia; Documentário; Estudos de gênero; Ficção seriada.

    Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Afetos e atrações no audiovisual contemporâneo

    Este projeto pretende pensar as permanências e atualizações do cinema de atrações que pode ser percebida em uma parcela da produção de cinema e audiovisual contemporânea, em especial, mas não exclusivamente, no Brasil.  Nesse sentido, o presente projeto pretende refletir sobre as discussões em torno dos conceitos de  afeto e de regime de atrações para teorizar sobre o estatuto contemporâneo das imagens e sons bem como refletir sobre a centralidade do corpo na contemporaneidade. Para tanto, focaremos as análises no comportamento dos gestos e da performance dos corpos (em cenas musicais, de dança, de choro, de sexo, de luta e toda sorte de passagens do corpo em ação em seus estados sensacionais e sensoriais). Acreditamos que tais passagens, sobretudo no interior dos produtos (séries e/ou filmes) narrativos se constituem como elementos estruturadores de respostas de engajamento afetivo e passional do espectador. Partindo de um diálogo com os gêneros narrativos, mas ao mesmo tempo instaurando uma perspectiva mais autoral, tais obras operam uma atualização da lógica das atrações que rearticula a centralidade dos corpos (nas telas e dos espectadores) e reestabelece dinâmicas de engajamento afetivo entre corpo do filme e corpo do espectador. Nossa hipótese é que nesta atualização do regime de atrações, o gesto e as performances (dos corpos em sua interação e da câmera) acaba por operar um efeito afetivo que promove uma força disruptiva no tecido narrativo. Nesse sentido, as performances e tableaux constroem um modo de expressar os corpos na tela que mobilizam e capturam o corpo do espectador, a partir de afetos (tal como analisado por Elena Del Rio e Susanna Paasonen) e engajamentos sensório-sentimentais, e nessa captura acabam por trazer a cena dimensões e questionamentos de ordem política. Com isso, acreditamos contribuir para uma reflexão sobre as tensões entre a dimensão narrativa (entendida como storytelling – a capacidade do cinema e audiovisual de contar e estruturar estórias) e a dimensão afetiva e performativa no campo do audiovisual. Quero propor que esta dimensão afetiva e performativa do cinema e audiovisual presentifica um regime de atrações, portanto, recuperando o conceito de atrações, formulado por Tom Gunning e André Gaudreault, refletindo sobre suas permanências e atualizações.

    Palavras chave: Audiovisual contemporâneo, Afeto, Cinema de atrações, Corpo, Performance, Gênero

    Artigos publicados:

    BALTAR, Mariana. Atrações e prazeres visuais em um pornô feminino. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, Brasil, v. 42, n. 43, p. 129-145, aug. 2015.

    BALTAR, Mariana. Real Sex, Real Lives – Excesso, Desejo E As Promessas Do Real. In. E.Compós, VOL. 17, NO 3 (2014).

    BALTAR, Mariana. Tessituras do excesso: notas iniciais sobre o conceito e suas implicações tomando por base um Procedimento operacional padrão. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, Brasil, v. 39, n. 38, p. 124-146, dec. 2012.

  • Karla Holanda

    Professora da graduação de Cinema e Audiovisual e do PPGCine (Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual), da Universidade Federal Fluminense. É doutora em Comunicação (UFF), tendo estudado a produção documentária independente, centrando-se no Programa DocTV; é mestra em Multimeios (Unicamp), quando desenvolveu pesquisa sobre o documentário feito no Nordeste. Atualmente, pesquisa o cinema de autoria feminina. É autora do livro Documentário Nordestino (Annablume, 2008); organizadora do livro Mulheres de Cinema (Numa, 2019) e coorganizadora dos livros Feminino e Plural: mulheres no cinema brasileiro (Papirus, 2017) e Cinema e América Latina: estética e culturalidade (Socine, 2016). Seu campo de interesse de pesquisa gira em torno de documentário, autoria feminina, televisão, produção independente, regionalização, América Latina. Através do Grupo de Pesquisa Documentário e Fronteiras (https://www.youtube.com/channel/UCqu6dXpOuHENWHGVVXnSxHA?view_as=subscriber), do qual é líder, desenvolve os projetos de pesquisa Documentário de autoria feminina no Brasil e Cartografia do documentário brasileiro, que resultou no Catálogo Documentário Brasileiro (documentariobrasileiro.com.br). Como cineasta, recebeu alguns prêmios de fomento e em festivais. Dirigiu o longa Kátia (2013) e os curtas Vestígio (2002) e Riso das Flores (2004), além de uma série de documentários sobre escritores brasileiros (1992-1999), dentre outros.

    Interesses gerais de pesquisa: Documentário e outras expressões fronteiriças (videoarte, performance), Mulheres no cinema, Mídias audiovisuais (cinema, televisão, vídeo), Pensamento decolonial, Estudos nas interseções de gênero, raça, etnia, classe, sexualidade e recorte etário.

    Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Documentário de autoria feminina no Brasil

    Estudo sobre questões de gênero e a relação entre cinema e autoria feminina. Com ênfase na produção documentária e pautando-se por esses estudos, o projeto elabora questões específicas ao objeto de nossa pesquisa e, em especial na obra de realizadoras brasileiras para que nos fundamentem na realização de entrevistas, objetivo central deste projeto. Nos últimos anos, verifica-se um aumento das pesquisas relacionadas às mulheres no cinema, como se vê em algumas publicações recentes. Mesmo assim, esses estudos ainda são reduzidos diante do enorme universo investigativo pouco ou nada explorado. Inicialmente trabalhando com fonte primária, o projeto pretende se expandir, alcançando outros desdobramentos. Quem são as documentaristas brasileiras? Quais filmes realizaram e como? Que características estéticas e narrativas suas obras trazem? O espaço que a historiografia do cinema confere às mulheres diretoras é justo com suas trajetórias? Essas são algumas das questões que motivam o projeto.

    Palavras chave: Documentário; Autoria feminina; Gênero

    Artigos publicados:

    HOLANDA, Karla. Mulheres de cinema (org.). Rio de Janeiro: Numa, 2019.

    HOLANDAKarla. TEDESCO, Marina. Feminino e Plural: Mulheres no cinema brasileiro (org.). São Paulo: Papirus, 2017 p.240.

    HOLANDA, Karla. Por que não existiram grandes cineastas mulheres no Brasil? Cadernos Pagu, n. 60, 2020 (no prelo).

    HOLANDA, KarlaDocumentaristas brasileiras e as vozes feminina e masculina. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v.42, p.339 – 358, 2015.

    HOLANDA, KarlaDa história das mulheres ao cinema brasileiro de autoria feminina. Revista FAMECOS (Online). , v.24, p.1 – 18, 2017.

    HOLANDA, KarlaCinema (documentário) e feminismo no Brasil In: Cinema e América Latina: estética e culturalidade.1 ed. São Paulo: Socine, 2016, p. 96-111.

  • Maurício de Bragança

    Maurício de Bragança é Doutor em Letras pela Universidade Federal Fluminense, tendo defendido em 2007 sua tese intitulada “Trópicos de lágrimas: um estudo sobre melodrama e América Latina a partir da abordagem do cinema de cabaretera mexicano e da literatura de Manuel Puig”. É professor do Departamento de Cinema e Video e do Programa de Pós Graduação em Cinema e Audiovisual da UFF, onde orienta pesquisas em torno ao cinema latino-americano; às relações entre cinema, literatura e o campo midiático; aos estudos culturais latino-americanos; aos temas relacionados ao “pensamento espacial” que circula entre conceitos como espaço, território, cartografia, territorialidade, sobretudo no âmbito do cinema latino-americano; às relações entre cinema, imagem e teorias decoloniais e pós-coloniais. Atualmente é bolsista de produtividade CNPq nível 2 e desenvolve a pesquisa Território e enunciação: narrativas audiovisuais de fronteira em torno do muro México/EUA. Tem diversos artigos e capítulos de livros publicados, dentre eles: “Território e deslocamento: a infância em cenário de fronteira no cinema latino-americano do século XXI”. LOGOS  (UERJ, 2019); “Cinema e intermidialidade na América Latina: o que a cabaretera tem a nos dizer sobre este processo”. RUMORES(USP, 2018); “Imagens de ostentação nas narconarrativas: consumo e cultura popular”. Rumores(USP, 2015); “A narcocultura na mídia: notas sobre um narcoimaginário latino-americano”. Significação(2012) e os capítulos “Os estudos de narco, os territórios ocupados e as mediações do crime”, no livro Mediações críticas: representações na cultura midiática(2017) e “Backwardness and Modernity in the Rural Tradition of Mazzaropi Comedies”, no livro Humor in Latin American Cinema(2016), dentre outros.

    Lattes

    E-mail: mauriciode@yahoo.com

    Interesses gerais de pesquisa: cinema latino-americano; relações entre cinema, literatura e o campo midiático; estudos culturais latino-americanos; “pensamento espacial”, espaço, território, cartografia, territorialidade no cinema e audiovisual; relações entre cinema, imagem e teorias decoloniais e pós-coloniais.

    Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Território e enunciação: narrativas audiovisuais de fronteira em torno do muro México/EUA

    A partir da “virada espacial” diagnosticada nos anos 1970, percebemos que a ideia de “espaço-tempo” ganha relevância nos estudos dedicados às relações entre território e poder, estabelecendo dinâmicas específicas nas inscrições espaciais e na “geometria de poder” (Doreen Massey) que se estabelece nas múltiplas cartografias ao redor do mundo. A intensificação dos fluxos migratórios, que teve início nas últimas décadas do século 20, acirrou uma política de contenções de fronteiras ao mesmo tempo em que se fragilizaram os contornos modernos dos Estados-Nação, num desordenamento dos espaços que indicou a emergência de novas territorialidades atuantes em múltiplas cartografias contemporâneas. Nesse contexto, surgem vários projetos de controle de fronteiras, instaurando-se uma complexa dinâmica baseada numa relação entre contenção e trânsito. Tais estratégias político-econômicas foram responsáveis pela construção de muros que se impuseram como poderosas imagens da geopolítica contemporânea, acionando no campo audiovisual inúmeras narrativas que apresentam o muro como enunciação. Nesta pesquisa, propomos uma investigação acerca das narrativas audiovisuais sobre o muro que separa o México dos Estados Unidos da América, inserindo-o numa tradição histórica que acolheu a fronteira como um lugar de destaque nos repertórios cinematográficos e audiovisuais de ambos os países. No âmbito desta pesquisa, serão considerados tanto as narrativas ficcionais como as não-ficcionais, de forma a incluir diversas abordagens e estratégias discursivas em torno à fronteira. Pretendemos priorizar uma produção contemporânea que apresenta a imagem do muro México/EUA como emblema de uma complexa relação entre os conceitos de território/territorialidade e enunciação, reforçando o redirecionamento dos fluxos que sempre se contrapuseram e resistiram às propostas de interdição almejadas pela construção desta barreira material, simbólica e cultural. Acreditamos que estes filmes evidenciam as experiências de conflito que se organizam a partir de uma “colonialidade do poder” (Anibal Quijano) a partir da qual os territórios se configuram como enunciação. Apostando numa metodologia interdisciplinar, e enfatizando as discussões em torno da teoria decolonial latino-americana em diálogo com os estudos sobre o espaço, território e fronteira no campo do cinema e audiovisual, indicamos a existência de uma ideia de liminaridade e de uma ambivalência que permeiam as dinâmicas de poder em torno do muro e elegemos três aspectos narrativos que frequentam os enunciados dessa fronteira: o trânsito dos indocumentados, o narcotráfico e o estatuto do mexicano-americano. Desta forma, problematizamos o muro não apenas nos fluxos que se inscrevem no seu atravessamento stricto sensu, mas também na permanência deste emblema da interdição na experiência deste sujeito em novas territorialidades marcadas pelos ilegalismos.

    Palavras chave: Território; Territorialidade; Muro México/EUA; Fronteira; Cinema de fronteira

    Artigos publicados

    BRAGANÇA, Maurício de. Território e deslocamento: a infância em cenário de fronteira no cinema latino-americano do século XXI. LOGOS (UERJ. IMPRESSO), v. 25, p. 110-123, 2019.

    BRAGANÇA, Maurício de. Cinema e intermidialidade na América Latina: o que a cabaretera tem a nos dizer sobre este processo. RUMORES (USP), v. 12, p. 135-152, 2018.

    BRAGANÇA, Maurício de. Dimensões culturais e narrativas dos filmes de crime latino-americanos do início do século XX. ANIMUS (SANTA MARIA. ONLINE), v. 17, p. 128-145, 2018.

    BRAGANÇA, Maurício de. Imagens de ostentação nas narconarrativas: consumo e cultura popular. Rumores (USP), v. 9, p. 147-163, 2015.

    BRAGANÇA, Maurício de. A narcocultura na mídia: notas sobre um narcoimaginário latino-americano. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 37, p. 93-109, 2012.

    BRAGANÇA, Maurício de. Os estudos de narco, os territórios ocupados e as mediações do crime. In: SERELLE, Marcio; SOARES, Rosana. (Org.). Mediações críticas: representações na cultura midiática. 1ed.São Paulo: Midiato ECA/USP, 2017, v. , p. 168-178.

  • Marina Tedesco

    É graduada em Cinema (2005) e Publicidade e Propaganda (2008), mestre em Geografia (2009) e doutora em Comunicação (2013). Foi professora de universidades privadas e sócia da empresa Caraduá Produções, e hoje é docente do Departamento de Cinema e Vídeo e do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência como roteirista, diretora de fotografia e diretora. Entre suas principais publicações, destaca-se a organização do livro “Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro”, finalista do Prêmio Jabuti 2018. Seus temas de pesquisa são: cinema e audiovisual latino-americanos, telenovela brasileira, direção de fotografia, direção, mulheres no cinema e gênero.

    lattes: http://lattes.cnpq.br/4477543150852748

    email: marinatedesco@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa
    cinema e audiovisual latino-americanos, telenovela brasileira, direção de fotografia, direção, mulheres no cinema e gênero

    projetos de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa

    Mulheres atrás das câmeras: as trajetórias das mulheres nas equipes de câmera no cinema brasileiro de longa-metragem
    Estatísticas internacionais apontam a fotografia cinematográfica como uma das áreas onde a sub-representação feminina é mais acentuada. Partindo disso, este projeto de pesquisa, desenvolvido desde 2014, vem levantando informações sobre as mulheres nas equipes de fotografia em longas-metragens brasileiros lançados em salas de cinema (tais como funções ocupadas, geração, formação, região, raça, maternidade). Desde 2017, também temos realizado entrevistas com diretoras de fotografia a fim de compreendermos diferentes aspectos do fenômeno da sub-representação no Brasil, confirmado pelos nossos dados.

    Nuevo Cine Latinoamericana: um fenômeno masculino?

    Esta pesquisa tem início em 2009, quando constatamos que na bibliografia sobre o Nuevo Cine Latinoamericano, o movimento cinematográfico mais importante de nossa região, praticamente não havia referências a diretoras mulheres. No decorrer destes anos construímos uma lista de realizadoras que tiveram algum tipo de relação com o movimento, reunimos seus filmes aos quais tivemos acesso e produzimos textos sobre algumas destas obras e cineastas, além de análises críticas sobre como a históriae o cânone do Nuevo Cine Latinoamericano foram constituídos.

    Fotografia como diferencial competitivo em telenovelas: produções da Rede Globo nos últimos 15 anos
    As telenovelas brasileiras realizadas pela Rede Globo são, há décadas, produtos de exportação, tendo recebido diversos prêmios internacionais em certames voltados para a televisão. Após um longo período de grande hegemonia nos seus horários de veiculação, esse tipo de conteúdo vem sofrendo, nos últimos 15 anos e principalmente nos centros urbanos industrializados e entre o público jovem, as consequências de diferentes crises que se somam ao longo de três décadas. Considerando que os últimos 15 anos coincidem com a grande evolução da cinematografia digital, que permite uma aproximação até então impossível entre as imagens captadas em vídeo e as captadas em película, esta pesquisa pretende compreender como a fotografia audiovisual tem sido mobilizada pela Rede Globo nesse período em sua tentativa de não perder mercado.

    Publicações
    TEDESCO, Marina Cavalcanti. Nuevo Cine Latinoamericano: uma análise do cânone a partir do gênero. In. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, Brasil, Ahead of print, p. 1-24, jun. 2020. eISSN: 2317-2096. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/23945/19394>. Acesso em 11 set. 2020. doi: https://doi.org/10.35699/2317-2096.23945

    TEDESCO, Marina Cavalcanti. A contribuição de Sara Gómez para a linguagem do documentário cubano pós-Revolução de 1959: uma análise de Historia de la piratería. In. Doc On-Line: Revista Digital de Cinema Documentário, v. SI2019, p. 104-117, 2019. Disponível em: <http://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/index.php/doc/article/view/625>. Acesso em 11 set. 2020. doi: 10.25768/FAL.doc.si2019.dt05

    TEDESCO, Marina Cavalcanti. Mulheres atrás das câmeras: a presença feminina nas equipes de fotografia brasileiras. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 43, p. 47-68, 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/119978/121178>. Acesso em 11 set. 2020. doi: https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2016.119978

  • Lúcia Ramos Monteiro

    Doutora em Estudos Cinematográficos pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Universidade de São Paulo (2014), com uma tese intitulada “A iminência da catástrofe no cinema. Filmes de barragem, filmes sísmicos”. Realizou pesquisa de pós-doutorado com o título “Narrativas de dissolução. Problemas contemporâneos para o conceito de cinema nacional” na Escola de Comunicações e Artes da USP e na Universidade Grenoble Alpes, com bolsa Fapesp. É professora do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense e do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual (PPGCine). Atua também como crítica e curadora. Idealizou as mostras “África(s). Cinema e revolução” (Caixa Belas Artes SP, 2016), “África(s). Cinema e memória em construção” (Caixa Cultural RJ, 2018), “De África(s) e diásporas” (Sesc Belenzinho, 2019) e “A Caliwood de Luis Ospina” (Caixa Cultural RJ, 2017), entre outras. Coeditou diversas publicações coletivas, entre elas “Oui, c’est du cinéma” (Campanotto, 2009), sobre as relações entre cinema e arte contemporânea; “Palmanova. Victor Burgin” (Form[e]s, 2016), em torno da obra do artista conceitual Victor Burgin; “Cinema: estética, política e dimensões da memória” (Sulinas, 2019), que reúne trabalhos sobre as relações entre cinema e história. Suas pesquisas recentes abordam os estudos de roteiro, os cinemas amazônicos e as relações entre cinema e Antropoceno.

    Lattes

    E-mail: luciarmonteiro@gmail.com

    Interesses gerais de pesquisa: Estética do cinema contemporâneo, Cinemas amazônicos, Cinema geológico, Cinema e Antropoceno, Cinema e catástrofe, Estudos de roteiro, Análise de filmes, Estudos feministas, Cinemas negros, cinemas minoritários.

    Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Escrever o tempo, inscrever o espaço. Estética do cinema contemporâneo, ecocrítica e estudos de roteiro

    Em um momento marcado pela intensificação do debate sobre a degradação do planeta pela ação humana, em que a estética se vê reconfigurada face a questões ambientais, com a emergência da chamada perspectiva ecocrítica nas artes, este projeto de pesquisa dedica-se a pensar questões de temporalidade e espacialidade no cinema contemporâneo e mais especificamente nos cinemas amazônicos, tendo como foco os estudos do roteiro cinematográfico e em uma abordagem influenciada pela ecocrítica.

    Palavras chave: Estudos de roteiro; cinema e Antropoceno; ecocrítica.

    Artigos publicados
    RAMOS MONTEIRO, Lúcia; GONÇALO, Pablo. “O que os estudos de roteiro provocam no campo dos estudos cinematográficos?” (apresentação de dossiê). In: Esferas, ano 11, vol. 2, nº 21, maio-agosto de 2021, p. 1-16. https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/13444/7549

    RAMOS MONTEIRO, Lúcia. STOCO, Sávio. Apresentação do dossiê “Cinemas amazônicos em tempos de luta”. In: C-Legenda, n. 38-89, 2020, p. 9-14. https://periodicos.uff.br/ciberlegenda/article/view/50077

    RAMOS MONTEIRO, Lúcia. “Por Um Cinema Geológico: visibilidades possíveis para os tempos da Terra”. In: Revista Eco-Pós, v. 23, n. 2, 2020, p. 163-187. https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27533

    RAMOS MONTEIRO, Lúcia. “Das narrativas de fundação às narrativas de dissolução. A questão da identidade nacional no cinema contemporâneo”. In: Galáxia, p. 154-166, 2018. https://www.scielo.br/j/gal/a/3vNtFB9rF8cz4MGCxspTfFH/abstract/?lang=pt

     

Colaboradores

  • Marcelus Gaio

    Doutor em Design pela PUC-Rio (2018) –, onde desenvolveu a tese “Animação e Expressionismo: uma questão de linguagem, gênero e estilo” com bolsa de
    financiamento da CAPES. Mestre em Design pela PUC-Rio tendo realizado a dissertação “Concept Art: design e narrativa em animação”. É professor Adjunto do
    departamento de Análise e Representação da Forma (BAF) da Escola de Belas Artes – UFRJ, ministrando na graduação disciplinas de Desenho Artístico, Modelo Vivo e Representação da Terceira Dimensão. Na especialização Técnicas de Representação Gráfica – BAR-EBA, ministra a disciplina Aplicações da Computação na Expressão Gráfica. É coordenador do Quadro a Quadro – Laboratório de Animação Analógica e Digital da EBA-UFRJ. É membro do Comitê Organizador da Mostra Parla! de Design de Personagens, organizada pelo laboratório Dhis – DAD-PUC-Rio. Tem como área de interesse o Cinema de Animação, particularmente os aspectos constitutivos da linguagem da animação.

    E-mail: marcelusgaio@eba.ufrj.br

    Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/9360708437523544

    Título do projeto de pesquisa em andamento: Linguagem da Animação: propostas para conceituação

    Interesses gerais da pesquisa: cinema de animação, linguagem da animação, estética da animação, animação e estilo, gêneros narrativos e animação, técnicas de animação.

    Resumo do projeto de pesquisa em andamento: O projeto de pesquisa tem como tema central a investigação sobre o cinema de animação e sua linguagem. Partimos aqui do pressuposto de que o cinema de animação é uma forma de arte independente e que, como tal, tem uma linguagem própria e que constrói significados de maneira que lhe é intrínseca. No entanto, se faz necessário verificar quais elementos de linguagem pertencem à animação e permitem identificar inequivocamente um filme de animação.

    Essa é, então, a tarefa central da pesquisa aqui proposta, qual seja, identificar elementos da linguagem da animação e conceitua-los. Para tanto serão revisitados elementos anteriormente verificados, se buscará novos elementos, sempre a partir de um arcabouço teórico no campo da animação e em campos que lhe são próximos, como o cinema live action e as artes visuais.

    Artigos publicados:

    GAMBA, Nilton G. ; SENNA, M. G. S. . De Caligari à Rainha Má: a influência do Expressionismo Alemão no filme Branca de Neve e os sete anões. Alceu (Online), v.
    16, p. 125-137, 2016. http://revistaalceu.com.puc-rio.br/index.php/alceu/article/view/155

    SENNA, M. G. S.; GAMBA, Nilton G. . A fotografia e a construção de linguagem material do personagem de animação. In: 12º P&amp;D 2016 – Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2016, Belo Horizonte. 12º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Paulo: Editora Edgard
    Blücher Ltda., 2016. v. 2. p. 1513-1521. https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/a-fotografia-e-a-construo-de-linguagem-material-do-personagem-de-animao-24364

    SENNA, M. G. S.; GAMBA, Nilton G. ; CARVALHO, M. . Vincent: um pesadelo expressionista de Tim Burton. In: CONFIA 2019 – 7th International Conference of
    Animation and Illustration, 2019, Viana do Castelo – Portugal. CONFIA 2019 – 7th International Conference of Animation and Illustration. Barcelos, Portugal: Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, 2019. v. 7º. p. 58-67. https://confia.ipca.pt/files/confia_2019_proceedings.pdf

L2HISTÓRIAS E POLÍTICAS

Permanentes

  • Cezar Migliorin

     

     

     

     

     

    Foto: Julia Raad

    Doutor em comunicação e Cultura (ECO/UFRJ) e Cinema (Sorbonne Nouvelle), Pós-doutorado em Cinema na Universidade de Roehampton – Inglaterra. Ministrou cursos e palestras em universidades da Europa e América do Sul. Coordenador do projeto de cinema, educação e direitos humanos: Inventar com a Diferença. Organizador do livro Ensaios no Real: o documentário brasileiro hoje (2010), escreveu Inevitavelmente cinema: educação, política e mafuá (2015), Cartas sem resposta (2015) e Cinema de Brincar, com Issac Pipano, com quem também realizou eles o documentário “Educação” (2017).Escreveu ainda os livros de ficção A menina (2014) e Breve Inventário das Felicidades Instantâneas (2018). Foi presidente da Socine – Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual. É co-coordenador do Lab. Kumã de Pesquisa e Experimentação em Imagem e Som. Atualmente desenvolve pesquisa sobre a prática do cinema e experimentações subjetivas em interface com a clínica.

    lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701792A1

    email: cezarmigliorin@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa 

    Cinema e clínica, cinema e educação, psicanálise, processos subjetivos e estudos deleuzianos

    resumo do projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua

    Cinema e processos subjetivos Descrição: Trata-se nesse projeto de investigar, em forte relação transdisciplinar e com trabalho de campo, as relações que o fazer-cinema, em ambientes não-profissionais, ensejam com os processos subjetivos. Nos dedicamos ao trabalho entre o cinema, educação e clínica, atuando e pesquisando as relações de cuidado que se realizam dentro de grupos de trabalho com o cinema. Não se trata aqui de ler a clínica com o cinema nem vice-versa, mas, fazer uma aproximação em que os limites mesmo de um e outro sejam esgarçados. A pesquisa é um desdobramento de nossos trabalhos anteriores ligados à pedagogia do dispositivo, trabalhada em diversos projetos de cinema e educação, entre eles o Inventar com a Diferença, na UFF, desde 2013 e, nossas pesquisas com o cinema documentário.

    Cinema e clínica: notas com uma prática

    MIGLIORIN, C.. Cinema e clínica: notas com uma prática. METAMORFOSE ARTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, v. 4, p. 30-46, 2020.

    https://portalseer.ufba.br/index.php/metamorfose/article/view/34130

    Camerar um ponto de ver: a pedagogia das imagens em Boa Água

    PIPANO, Isaac ; MIGLIORIN, CEZAR . Camerar um ponto de ver: a pedagogia das imagens em Boa Água. Rebeca, v. 8, p. 143-157, 2019.
    https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/563Notas sobre um estilo: sete pistas para um encontro com Deleuze e Guattari

    MIGLIORIN, CEZAR. Notas sobre um estilo: sete pistas para um encontro com Deleuze e Guattari. VISO : CADERNOS DE ESTÉTICA APLICADA, v. 13, p. 1-18, 2019.
  • Eliany Salvatierra Machado

     

    Eliany Salvatierra Machado, professora do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF. Na graduação ministra a disciplina de pesquisa em Cinema e Audioivusal e atua principalmente nas disciplinas da Licenciatura em Cinema e Audioivsual. Formada em Educação Artística, Habilitação em Artes Plásticas, pela UFMS. Atuou na Educação Básica como professora de Artes e capacitadora para a SEEMS. Fez especialização em Filosofia da Educação e foi coordenadora do setor de Artes Cênicas da Fundação de Cultura do MS. Mestra em Comunicação pela ECA/USP, na linha de pesquisa Significação da Imagem. Desde 2000 é professora no Ensino Superior nos cursos de Artes, Comunicação e Cinema e Audioivsual. Como pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação – NCE-ECA/USP participou de vários projetos de pesquisa e extenção, coordeou o Educom.TV, uma parceria entre o NCE, Escola do Futura da USP e a Fundação de Desenvolvimento de Ensino do Estado de São Paulo e o Educom.Centro-Oeste, uma parceria do NCE/USP, com as Secretarias de Estado de Goias, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e MEC. Doutora em Comunicação pela ECA/USP. 

    lattes

    ID Lattes: 9514076768463655

    email 

    elianysalvatierra@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa 

    Atualmente estuda os fundamentos ou os princípios norteadores que orientam as práticas dos/das educadores/as audiovisuais na Educação Básica e em projetos sociais. O objetivo é discutir propostas que contribuam na formação do licenciando/a em Cinema e Audiovisual. 

     

    projetos de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua

    Projeto de pesquisa (revisão)

     

    O projeto de pesquisa, em desenvolvimento, tem como objetivo contribuir com a formação teórica e prática do/a educador/a audiovisual. Durante a pesquisa nos propomos mapear práticas que trabalhem na perspectiva da experiencia estética (experiencia dos sentidos) com o audiovisual, na América Latina.

     

    Palavras chaves: educador/a audiovisual, experiencia estética, audiovisual 

     

    publicações 

     

    MALDONADO, A. E. ; CASTRO, E. L. ; MACHADO, E. S. . A Educomunicação: uma perspectiva dialógica. In: Alberto Efendy Maldonado; Edizon León Castro. (Org.). Investigación crítica de la comunicación en América Latina diálogos com la vertiente Mattelart. Disponíel em:

    https://libreria.ciespal.org/producto/investigacion-critica-de-la-comunicacion-en-america-latina-dialogos-con-la-vertiente-mattelart/

     

    MACHADO, ELIANY SALVATIERRA. Pega Visão: relatos sobre um processo Educomunicativo. ESFERAS, v. 13, p. 01-09, 201901, p. 467-480. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/9909

    MACHADO, ELIANY SALVATIERRA. A produção audiovisual na Educação Básica. REVISTA ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS, v. 44, p. 53-68, 2018. Disponível em:

    http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/reu/article/view/3280

  • Rafael de Luna Freire

     

     

     

     

     

     

     

    Rafael de Luna Freire – Doutor em Comunicação pela UFF (2011), com bolsa-sanduíche na University of California – Los Angeles (UCLA). Realiza pesquisa em história do cinema brasileiro, tecnologia das imagens em movimento e preservação audiovisual. Foi coordenador de documentação da Cinemateca do MAM-RJ e idealizou e coordenou o projeto “Resgate da obra cinematográfica de Gerson Tavares”, que restaurou o longa-metragem “Antes, o verão” (1968). Através do cineclube Tela Brasilis, produziu e fez curadoria de inúmeros cursos e mostras de cinema, sempre dedicados ao cinema brasileiro. É autor do livro “Cinematographo em Nictheroy: história das salas de cinema de Niterói” (2012) e de artigos nas principais revistas brasileiras de comunicação. É criador e coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA-UFF). Em 2020, realiza pós-doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos com o projeto: “A projeção de filmes no Brasil: arqueologia da exibição cinematográfica”. 

    lattes

    http://lattes.cnpq.br/4214371430445839

     

    email

    rafaeldeluna@hotmail.com

     

    Interesses gerais de pesquisa

    História e historiografia do cinema brasileiro; tecnologia das imagens em movimento; preservação audiovisual; chanchada; cinema silencioso; relações intermidiáticas entre filme sonoro, disco e rádio; arqueologia das mídias; exibição cinematográfica; estudos de gêneros cinematográficos; filmes órfãos; restauração de filmes.

     

    Projeto de pesquisa em andamento


    Título: A projeção de filmes no Brasil: arqueologia da exibição cinematográfica

    Resumo:  Esse projeto tem o objetivo de traçar um panorama histórico da projeção de filmes no Brasil, das primeiras experiências de exibições de imagens em movimento no final do século XIX até meados do século XX, período em que o cinema oferecia a única forma existente de consumo de imagens em movimento no país. Embasado na proposta de uma arqueologia das mídias, o projeto pretende articular uma história que fuja da teleologia evolutiva e da causalidade linear, reconhecendo rupturas e caminhos alternativos, além de fronteiras fluidas entre as diferentes mídias na trajetória da popularização da exibição de filmes no Brasil. A pesquisa será dividida em quatro eixos que irão abordar, respectivamente, a prática da projeção por transparências nas salas de exibição brasileiras no período silencioso; o controle térmico através, por exemplo, de aparelhos de ventilação e ar-condicionado, no interior dos espaços de exibição; as empresas brasileiras de fabricação e montagem de projetores cinematográficos; e a representação das salas de cinema brasileiras em cartões-postais. Desse modo, pretendemos analisar sob diferentes dimensões – tecnológica, social, econômica e discursiva – as características dos diversos modos de apresentação de filmes no Brasil.

     

     Palavras-chave: cinema; exibição, história; tecnologia.

     

     

    Grupos de pesquisa

      • História do cinema no Brasil – recepção,  mercado e tecnologia (UFF)

     

     

    • Cinemídia (UFSCar)

     

    Artigos publicados

    FREIRE, Rafael de Luna; FRÓES, Natália Teles Silva. Carlos Fonseca e o cinema conservador carioca. Eco-Pós, v.23, n.1, 2020. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27548

     

    FREIRE, Rafael de Luna. Cinephon: sobre como o cinema sonoro impulsionou a fabricação de projetores cinematográficos no Brasil. Aniki: revista portuguesa da imagem em movimento, v. 5, n.1, 2018. Disponível em: http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/article/view/357/pdf

     

    FREIRE, Rafael de Luna. O cinema no Rio de Janeiro (1914-1929). In: Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman (orgs.). Nova história do cinema brasileiro. v.1. São Paulo: SESC, 2018.

  • Fabián Núñez

     

     

     

     

    Professor do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF, desde 2009. Doutor em Comunicação pela UFF, onde defendeu a tese O que é Nuevo Cine Latinoamericano? O cinema moderno na América Latina segundo as revistas cinematográficas especializadas latino-americanas. É também Mestre em Comunicação, Imagem e Informação e Bacharel em Comunicação Social (Habilitação em Cinema) pela UFF. 

    Realizou a sua pesquisa pós-doutoral com o projeto intitulado “Cinema, memória e política: a formação e os dissensos na Unión de Cinematecas de América Latina (1965-1984)” no Programa Pesquisador Colaborador da Universidade de São Paulo (USP), de julho de 2018 a junho de 2019, na Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), sob a supervisão do Prof. Dr. Eduardo Morettin. É pesquisador vinculado à Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA) e ao Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA), ambos da UFF. É coordenador do Cineclube Sala Escura, projeto de extensão ligado ao Laboratório de Investigação Audiovisual (LIA), voltado sobretudo para a difusão do(s) cinema(s) latino-americano(s). É membro da SOCINE (Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual), da ABPA (Associação Brasileira de Preservação Audiovisual) e da RICiLA (Red de Investigadores sobre Cine Latinoamericano). Foi membro da comissão de estruturação do curso de Bacharelado em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em 2012-13. 

     

    link para o lattes: 

    http://lattes.cnpq.br/3841971700330998

     

    e-mail: fabian_nunez@id.uff.br

     

    Interesses gerais de pesquisa: Cinema Latino-Americano; Cinema Brasileiro; Cinema Africano; História do Cinema; Cinema e História; Crítica Cinematográfica; Preservação Audiovisual.

     

    Resumo do Projeto de pesquisa em andamento: 

    A criação da Unión de Cinematecas de América Latina (UCAL), em 1965, visa dar visibilidade e articulação às jovens cinematecas latino-americanas, ocupando um vazio institucional gerado pela saída em bloco de parte de nossas instituições da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF), em 1960, em apoio à saída da Cinemateca Francesa da organização. A Crise de 1959/60 no seio da FIAF é gerada pelo debate em torno do conceito de “cinemateca”, em sua missão de preservação e difusão. No entanto, por trás desse debate se encontra um processo gerado paradoxalmente pelas próprias cinematecas, a saber, a constituição de um mercado do patrimônio cinematográfico. Por sua vez, a segunda metade dos anos 1960 pode ser interpretada como a consolidação ideológica do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), na medida em que já não se fala em nome de cinematografias nacionais, mas de uma cinematografia de caráter subcontinental, embora se reconheçam as singularidades de cada país. Portanto, não é mera coincidência o fato de os principais textos teóricos do NCL terem sido redigidos nesse contexto. Desse modo, da segunda metade dos anos 1960 e ao longo da década seguinte, o NCL se formaliza e busca postular os seus preceitos e pressupostos, formando um processo diversificado e múltiplo. E no interior desse processo se encontram os debates ocorridos na UCAL, sobretudo na discussão sobre a redefinição do conceito de cinemateca na América Latina. Portanto, o nosso intuito é compreender os discursos que atravessam a “instituição cinemateca” em nossos países no seio da UCAL.

    Palavras-chave: Cinemateca; Unión de Cinematecas de América Latina; América Latina; Cinema Moderno; Nuevo Cine Latinoamericano; Preservação Audiovisual; Patrimônio Cultural  

     

    Artigos publicados

    NÚÑEZ, Fabián. La acción de las cinematecas latinoamericanas en tiempos de dictadura: el caso de la Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Archivos de la Filmoteca. Valencia, n. 73, out. 2017, p. 43-55. ISSN 0214-6606, e-ISSN 2340-1989.

    Disponível em: http://www.archivosdelafilmoteca.com/index.php/archivos/article/view/541 

     

    NÚÑEZ, Fabián. Notas para um estudo sobre a Unión de Cinematecas de América Latina. Significação: Revista de Cultura Audiovisual. São Paulo, v. 42, n. 44, dez. 2015, p. 63-81. ISSN 2316-7114. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.103442.

    Disponível em: http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/103442 

     

    Livro eletrônico organizado 

    CORSEUIL, Anelise R.; NÚÑEZ, Fabián; HOLANDA, Karla. (Org). Cinema e América Latina: estética e culturalidade. São Paulo: Socine, 2016. 181f. ISBN: 978-85-63552-19-8.

    Disponível em: https://www.socine.org/wp…/Cinema-e-America-Latina-estetica-e-culturalidade.pdf

  • João Luiz Vieira

    Doutor em Estudos Cinematográficos (Cinema Studies) pela New York University (1984) com tese sobre carnaval e paródia no cinema brasileiro, orientada por Robert Stam. Em 1997 fez estágio de pós-doutoramento na Universidade de Warwick, Reino Unido, em diálogo com Richard Dyer sobre corpo e imagem,  a partir de estudos em torno do estrelismo, o musical como gênero cinematográfico e o cinema queer. Foi professor visitante nas universidades de New Mexico (1995) e Iowa (2002) lecionando disciplinas sobre cinema brasileiro. Além desses campos, trabalha também com temas relacionados a cinema e literatura, teorias de adaptação, realismo imersivo, espectatorialidades, histórias de cinemas, preservação cinematográfica, onde atua no LUPA- Laboratório Universitário de Preservação Cinematográfica. Autor de inúmeros textos, ensaios, capítulos de livros e livros publicados no Brasil e no exterior. Foi bolsista da Fulbright, CAPES e CNPq. Professor Titular do PPGCine.

     

    lattes

    http://lattes.cnpq.br/9269570792836889

     

    e-mail

    urbanosantos5@gmail.com

    joaoluizvieira@id.uff.br

     

    interesses gerais de pesquisa

    Adaptação; Corpo e imagem; realismo imersivo; Salas de cinema; Histórias de cinemas; Preservação e arquivo.

     

    projeto de pesquisa em andamento 

    Estudar a situação imersiva introduzida pelas novas mídias na fruição cinematográfica e as transformações sociais e econômicas dela decorrentes. Investigar historicamente o conceito moderno de realismo imersivo a partir das tecnologias desenvolvidas na década de 1950, com ênfase na primeira forma de produção/exibição em formato panorâmico, o Cinerama, seu impacto sensorial na primeira metade dos anos 1950, bem como a chegada e significado no mercado exibidor brasileiro a partir de agosto de 1959, com a inauguração do Cine Comodoro (SP) e, posteriormente no Rio de Janeiro, em sua versão 70mm no Cine Roxy, Copacabana (1967). Estender o termo realismo imersivo de sua primeira origem baziniana para a sua radicalização no momento contemporâneo, de intensa transformação tecnológica a partir das imagens e sons digitais a fim de investigar  como essas transformações alteraram o conceito tradicional de cinema e, consequentemente, do estatuto autoral e espectatorial,  criando e fundindo noções anteriormente mais fixas e rígidas, para redefinir novos processos interativos e intermidiais, diferentes suportes e plataformas em cenários pós-cinema.

     

    Paralelamente, realiza pesquisa sobre o Cine Azteca, no Rio de Janeiro em suas ligações com o circuito PelMex no Brasil e o protagonismo da chanchada Carnaval Atlântida na intersecção entre a História do Cinema e as histórias de cinemas.

     

    Palavras chave:  telas panorâmicas, realismo imersivo, espectatorialidades, histórias de cinemas 

    Interesses gerais de pesquisa: cinema brasileiro, chanchada, paródia, exibição cinematográfica, salas de cinemas, linguagem cinematográfica, metodologias de análise fílmica, estruturas do olhar, cinema japonês, Cinerama e outros formatos panorâmicos, Roberto Farias, art déco, estrelismo, cinema translatino, entre muitos outros. 

     

    grupos de pesquisa

    Modos de ver, estudos das salas de cinemas, exibição e audiências cinematográficas (ESPM-UFF)

     

    publicações

    A chanchada e o cinema carioca (1930-1950), in Nova História do Cinema Brasileiro, Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman (orgs). São Paulo: Edições SESC, 2018, p. 344-391

     

    The Forest and the City: Rio as an Immersive Landscape, in Streetnotes: ethnography, poetry and the documentary experience, v. 26, 2019, p. 148-162

    Home page:  http://https://escholarship.org/uc/item/9j31x5r0

     

    Subjetividade virtual em nova carne, in Revista Fronteiras: Estudos Midiáticos, v. 3, 2001, p. 71-82

     

    The New Aesthetics of Discovery and Emergency in the New Brazilian Cinema, in Film Quarterly, vol.74 (Winter 2020-21), em co-autoria com B.Ruby Rich.  p. 12-19

    Home page:  http://https://doi.org/10.1525/fq.2020.74.2.12

     

  • Luiz Augusto Rezende

    Professor Associado II do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Saúde (UFRJ) e docente colaborador do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual (UFF). Atualmente é Coordenador do Laboratório de Vídeo Educativo e Vice-Diretor do Instituto NUTES de Educação em Ciências e Saúde (UFRJ), e Bolsista de Produtividade do CNPq. Foi bolsista do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE) da FAPERJ. Possui graduação em Cinema pela Universidade Federal Fluminense (1995), mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e doutorado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Saúde do NUTES-UFRJ. Foi professor auxiliar do Curso de Cinema da Universidade Estácio de Sá (2001-2006). Tem experiência nas áreas de Educação e Comunicação, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: documentário, cinema e vídeo educativos, recepção audiovisual, arquivos audiovisuais, educação em ciências e saúde.

     

    lattes 

    http://lattes.cnpq.br/0831017619527813

     

    e-mail

    luizrezende@ufrj.br

     

    Interesses gerais de pesquisa 

    Usos do audiovisual em Educação; a recepção de audiovisuais em contextos educativos; articulações entre as teorias pedagógicas e os modelos e estéticas audiovisuais; usos de arquivos audiovisuais na educação; história do audiovisual educativo no Brasil e suas relações com as Ciências e a Saúde; produção e experimentação de metodologias de ação educativa com o audiovisual.

     

     

    projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua

    Deslocamentos da Espectatorialidade em Cenários Educativos

    Este projeto tem como objeto central a mediação do professor no reendereçamento de obras audiovisuais para inseri-las em suas aulas. A escolha e a inserção de uma determinada obra passa pela leitura e apropriação desta pelo professor, o que resulta na consequente adaptação do endereçamento da obra a um novo contexto. Este novo contexto pode produzir leituras talvez não imaginadas pelos produtores, ou mesmo em desacordo com o endereçamento “original”. O objetivo do projeto é descrever e analisar a recepção fílmica em aulas da educação básica e/ou superior, considerando especialmente como são tratadas as tensões entre exclusão e inclusão no reendereçamento de obras audiovisuais em situações de ensino. Tomando como base referenciais teórico-metodológicos dos campos da Comunicação e do Cinema e o modelo multidimensional de estudo da recepção audiovisual de Hall/Schrøder, buscaremos entender como o endereçamento e o reendereçamento se articulam na produção de sentido. A pesquisa será realizada em três etapas: 1) recrutamento de professores da educação básica e superior que utilizem habitualmente recursos audiovisuais em suas aulas; 2) análise do endereçamento das obras utilizadas pelos professores e das leituras, adaptações e reendereçamentos produzidos por eles; e 3) análise da recepção dos alunos considerando o contexto produzido pelos professores. Esperamos contribuir para que o uso de materiais audiovisuais em sala de aula seja melhor compreendido em suas especificidades, limites e possibilidades. 

     

     

    Grupos de Pesquisa:

    – Grupo de Pesquisa em Recepção Audiovisual em Educação em Ciências e Saúde (Geraes – UFRJ)

    – Grupo de Pesquisa em Práticas e imagens documentais na cultura audiovisual contemporâneas (ECO-UFRJ)

    – Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Educação & Cultura (GPTEC-IFRJ) 

    – Grupo de Estudos em Educação, Mediações e Tecnologias (GEEMT-UFRJ) 

     

    publicações 

    – DISSAT, E. ; REZENDE FILHO, L. A. C. . Endereçamento e Reendereçamento no uso de um vídeo por uma professora de ciências. REVISTA BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, v. 12, p. 93-114, 2019. https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/7386

     

    – PEREIRA, Geraldo ; BARBOSA, MARIA INÊS BATISTA ; REZENDE FILHO, LUIZ AUGUSTO COIMBRA DE. Ouvindo imagens: ensaio sobre uma oficina audiovisual inclusiva de cinema e educação. PRÓ-POSIÇÕES (UNICAMP. ONLINE), v. 30, p. e20180041, 2019. 

    https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-73072019000100545&script=sci_abstract&tlng=pt

     

    – REZENDE FILHO, L. A. C.; BASTOS, W. ; PASTOR JUNIOR, A. A. ; PEREIRA, M. V. ; SA, M. B. Contribuições dos estudos de recepção audiovisual para a educação em ciências e saúde. Alexandria (UFSC), v. 8, p. 143-161, 2015.

     https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2015v8n2p143

  • Talitha Ferraz

    Talitha Ferraz é jornalista graduada pela PUC-Rio, e mestre e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ (ECO-UFRJ). Realizou estágio doutoral na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA-FCSH) e pós-doutorado no Centre for Cinema and Media Studies (CIMS) da Ghent University, ambos com apoio da Capes. É professora da ESPM-Rio, onde leciona disciplinas teóricas das áreas de cinema e comunicação e coordena o GP Modos de Ver – Estudos das salas de cinema, exibição e audiências cinematográficas (ESPM – PPGCine-UFF/ CNPq). É professora permanente do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (PPGCine-UFF), onde desenvolve e orienta pesquisas ligadas a exibição cinematográfica, práticas dos públicos, memória e nostalgia. Como pesquisadora associada, integra a Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos da ECO-UFRJ (CIEC/ECO-UFRJ) e as redes History of Moviegoing Exhibition and Reception (HoMER Network) e International Media & Nostalgia Network (IMNN). 

     

    lattes

    http://lattes.cnpq.br/6841463408387639

     

    e-mail

    talitha.ferraz@gmail.com

     

    interesses gerais de pesquisa

    Histórias das salas de cinema e memória dos públicos; Modos de exibição e consumos cinematográficos; Cinema e ativismos socioculturais; Reabertura de salas de cinema; Regimes de espectatorialidade cinematográfica; Estudos de Nostalgia; Cinema e espaço urbano; Cinema e subúrbio. 

     

    projeto de pesquisa em andamento (2021-)

    Título: (Re)legitimações e devires identitários em práticas de ida ao cinema e na exibição – Tecnostalgia, utopia, escatologia: três propostas analíticas

    Resumo: A partir de três propostas analíticas com base nos conceitos de “tecnostalgia”, “utopia” e “escatologia”, este estudo (em fase inicial) tem como objetivo investigar como frequentadores de salas de cinema e exibidores brasileiros, hoje, constroem narrativas em torno da re-legitimação de tais dispositivos como locais autênticos da experiência espetacular audiovisual, em presença da miríade de devires da cultura das telas e de transformações nos modos de acesso, fruição e consumo fílmicos. Buscamos analisar a produção discursiva que tais atores realizam em variadas plataformas online (de redes sociais a websites de projetos recentes voltados para a defesa das salas de cinema) e publicações da imprensa que tratam do recorrente tema da “morte do cinema”. A base metodológica reúne as perspectivas da análise do discurso de Mikhail Bakhtin e Michel Foucault. Para além disso, a pesquisa se valerá de dados sobre mercado exibidor e de narrativas sobre práticas de ida ao cinema coletados em arquivos e entrevistas semiestruturadas. Já a fundamentação teórica, tem como apoio os estudos de Memória e História, os Estudos de Nostalgia, e as perspectivas da New Cinema History e das Histórias de Cinemas. 

    Palavras-chave: exibição cinematográfica; tecnostalgia; utopia; escatologia; cultura das telas

     

    publicações

    Artigos em periódicos: 

     

    FERRAZ, Talitha. Activating Nostalgia: Cinemagoers? performances in Brazilian movie theatres reopening and protection cases. Medien & Zeit, Viena (Áustria), v. 4, p. 72-82, 2017. 

     

    FERRAZ, Talitha. As potências da “nostalgia ativa” na luta pela salvaguarda do Cine Vaz Lobo. Revista ECo-Pós, Rio de Janeiro, v. 20, p. 111-133, 2017. 

     

    FERRAZ, Talitha. Os lugares e os fôlegos do cinema na cidade invicta (Resenha). Imagofagia, Buenos Aires (Argentina), v.10, p.6, 2014. Disponível em: http://www.asaeca.org/imagofagia/sitio/index.php?option=com_content&view=article&id=458%3Acinematographo-em-nichteroy-historia-das-salas-de-cinema-de-niteroi&catid=56%3Anumero-10&Itemid=183 

     

    FERRAZ, Talitha; VIEIRA, João Luiz. O rosto e a vida da sala de cinema na Lisboa do século XX – Resenha. Significação-Revista de Cultura Audiovisual, São Paulo, v.40, p.279, 2014. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/71685/74801 

     

    FERRAZ, Talitha. Os cinemas de Lisboa no século XX (Entrevista com Margarida Acciaiuoli). Revista Eco-Pós, Rio de Janeiro, v.16, p.129, 2014. Disponível em: http://www.pos.eco.ufrj.br/ojs-2.2.2/index.php?journal=revista&page=issue&op=view&path%5B%5D=53&path%5B%5D=showToc 

     

    CAIAFA, Janice; FERRAZ, Talitha. Comunicação e sociabilidade nos cinemas de estação, cineclubes e multiplex do subúrbio carioca da Leopoldina. Galáxia, São Paulo, v.12, p.127 – 140, 2012. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/10374  

     

    SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha. Quando o cinema é a maior sofisticação: experiências sensíveis, desejo e práticas de consumo nas salas exibidoras de luxo do Rio de Janeiro. Contracampo, Niterói, v.24, p.249 – 265, 2012. Disponível em: http://www.uff.br/contracampo/index.php/revista/article/view/219/114 

     

    Entre arquiteturas e imagens em movimento: cinemas, corporeidades e espectação cinematográfica na Tijuca. Revista Logos, Rio de Janeiro, v.17, p.43 – 55, 2010. Disponível em: http://www.logos.uerj.br/PDFS/32/04_logos32_ferraz_textoarquiteturas.pdf 

     

    O cinema sai da rua para o último piso: sociabilidades, exibição e espectação cinematográficas no espaço urbano da Tijuca. Revista Lumina, Juiz de Fora v.3, p.13, 2009. Disponível em: http://www.ppgcomufjf.bem-vindo.net/lumina/index.php?journal=edicao&page=article&op=view&path[]=89

     

    Artigos na mídia especializada:

     

    FERRAZ, Talitha. Casulos, história do cinema e sentido de coletividade em meio à Covid-19. Revista Exibidor, 3 Jul. 2020. Disponível em: https://www.exibidor.com.br/artigo/95-casulos-historia-do-cinema-e-sentido-de-coletividade-em-meio-a-covid-19 

     

    Capítulos em livros/ ebooks:

     

    FERRAZ, Talitha. As potências criativas da sala de cinema: pesquisas sobre histórias e memórias das salas de exibição e audiências cinematográficas. In: Marta de Araújo Pinheiro; Monica Machado (Org.). Recortes do contemporâneo: mediações socioculturais. 1ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2020. p. 134-153. Disponível em:  https://play.google.com/books/reader?id=yuD8DwAAQBAJ&hl=pt&pg=GBS.PP1.w.8.0.0 

     

    FERRAZ, Talitha; ALVIM, Luiza; LUSVARGHI; Luiza; BUTCHER, Pedro. O Fim do Cinema? A Reconfiguração do Circuito Cinematográfico sob a Pandemia. In: Nair Prata; Sônia Jaconi; Genio Nascimento (Org.). Desafios da comunicação em tempo de pandemia: um mundo muitas vozes. 1ed. São Paulo: Intercom, 2020. p. 316-338. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/ebooks/detalheEbook.php?id=57181 

     

    FERRAZ, Talitha. Narrativas da impermanência: história, memória e nostalgia em filmes sobre cinemas. In: Rafael Tassi; Sandra Fischer. (Org.). Espacialidades e Narrativas Audiovisuais. 1ed. Curitiba: Appris, 2019, v. 1. Disponível em: https://play.google.com/books/reader?id=cvfcDwAAQBAJ&hl=pt-BR&printsec=frontcover&pg=GBS.PT11 

     

    FERRAZ, Talitha. Cine Centímetro: Memories and Cinemagoing Practices in an MGM Replica Cinema in the Rio de Janeiro Countryside. In: Daniela Treveri Gennari; Danielle Hipkins; Catherine O’Rawe. (Org.). Rural Cinema Exhibition and Audiences in a Global Context. 1ed. Londres: Springer International Publishing, 2018, v. 1, p. 339-355.

     

    FERRAZ, Talitha; CURI, Pedro. Ida ao cinema, nostalgia(s) e memorabilia: ensaio sobre uma triangulação. In: Lucia Santa Cruz; Talitha Ferraz (Org.). Nostalgias e mídias: no caleidoscópio do tempo. 1ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. p.117-134.

     

    SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha. Introdução – A propósito da nostalgia. In: Lucia Santa Cruz; Talitha Ferraz (Org.). Nostalgias e mídias: no caleidoscópio do tempo. 1ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. p.5-11.

     

    Livros (autoria e organização):

     

    SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha (Org.) Nostalgias e mídia: no caleidoscópio do tempo. 1. ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. v. 1. 

     

    FERRAZ, Talitha. A segunda Cinelândia Carioca. 2ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2012.

  • Reinaldo Cardenuto

    Professor Adjunto do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF), Reinaldo Cardenuto é graduado em jornalismo (PUC-SP) e em Ciências Sociais (FFLCH-USP). Doutor em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, defendeu em 2014 a tese “O cinema político de Leon Hirszman (1976-1981): engajamento e resistência durante o regime militar brasileiro”.

    Com pesquisas voltadas principalmente para as áreas de História do Cinema e Dramaturgia, nos últimos anos publicou artigos como “Dramaturgia de avaliação: o teatro político dos anos 1970” (2012, revista Estudos avançados), “L’écriture de l’histoire dans le cinéma de Leon Hirszman” (2013, Cinémas d’Amérique Latine), “Mais humor, menos política: uma certa tendência no drama contemporâneo brasileiro” (2016, revista Varia história) e “Ser cineasta, ser historiador: Patricio Guzmán entre as memórias e a nostalgia da luz” (2017, catálogo Paixão de memória).

    Em 2016, dirigiu o seu terceiro documentário, Entre imagens (intervalos). No mesmo ano, foi curador da exposição Antonio Benetazzo, permanências do sensível, que resultou na publicação de um livro homônimo sobre esse artista plástico e militante político assassinado durante o regime militar.

    Integrante do corpo editorial da revista Significação, foi professor da Fundação Armando Alvares Penteado, além de docente temporário na ECA-USP.

    Link para o lattes

    Link para o filme Entre imagens (intervalos)

    Link para a tese

    e-mail: reicar@uol.com.br

    Interesses gerais de pesquisa: Cinema e História; Arte, Cultura e Política; História do Cinema Brasileiro; Cinema e Teatro; Dramaturgia
     
    Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Cinema e contestação durante a ditadura militar brasileira (1964-85): para além dos cânones da resistência

    Resumo: Durante as últimas décadas, demarcando uma tendência no campo acadêmico, pesquisas sobre o cinema brasileiro concentraram-se no estudo de algumas expressões fílmicas como epicentro do engajamento cultural contra o autoritarismo presente na ditadura militar ocorrida entre 1964 e 1985. Em decorrência de seleções intelectuais, que passam pelo impacto social das obras artísticas em suas contemporaneidades e/ou pelo prestígio estético que adquiriram no decorrer do tempo, a historiografia dedicou-se, sobretudo, a formular um conceito de resistência cinematográfica vinculado a políticas culturais do Cinema Novo, do Cinema Marginal, do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e dos realizadores em proximidade com o novo sindicalismo existente na passagem dos anos 1970 e 1980. Correntes artísticas heterogêneas – a reunir cineastas, coletivizar pensamentos e propor projetos estéticos específicos para o fazer criativo –, tais casos consolidaram-se nos estudos de história como cânones de contestação às (de)formações conservadoras da sociedade brasileira. Levando-se em consideração que esses marcos culturais tornaram-se objetos recorrentes das investigações intelectuais, com análises eruditas que situam suas historicidades, propostas e contradições, a finalidade central desta pesquisa é mapear outras reações fílmicas à ditadura que até o momento permanecem esquecidas ou posicionadas em segundo plano dentro do universo acadêmico. Por meio de uma ampliação do conceito de resistência, buscando uma heterogeneidade cinematográfica maior do que aquela comumente destacada pelas pesquisas na área audiovisual, a proposta é deslocar-se para fora dos cânones estabelecidos, partindo para o estudo de projetos ainda marginalizados como filmografias de questionamento ao autoritarismo ditatorial. Entre as décadas de 1960 e 1980, foram vários os realizadores que, apartados das políticas culturais centrais de oposição, lançaram-se à criação de obras singulares, por vezes pouco debatidas em seu tempo, que demarcaram posicionamentos críticos contra os ideários conservadores e os aparatos repressivos desencadeados pelo regime militar. A intenção desta pesquisa é investigar a produção de cineastas que não se tornaram cânones do campo cultural, não adquiriram o status de ícones na periodização histórica do cinema brasileiro, mas cujos filmes expressaram atos de repúdio à condição autoritária que atravessou o país. Com isso, pretende-se ampliar a leitura de que a resistência artística do período ditatorial foi marcada por uma multiplicidade difusa de lugares ideológicos, sociais e estéticos. Como ponto de partida, sem refutar a futura inclusão de outros realizadores na pesquisa, a investigação volta-se para o estudo de cineastas como Carlos Bini, Fernando Coni Campos, Hugo Carvana, Luiz Paulino dos Santos e Mário Fiorani.

    Palavras chave: Ditadura militar brasileira; Cinema e resistência cultural; Arte, Cultura e Política; História do Cinema Brasileiro; Cinema anticanônico

    Artigos publicados
     
    CARDENUTO, Reinaldo. As camadas do despencar no filme A queda, de Ruy Guerra e Nelson Xavier. In. La furia umana, Itália, n. 30, 2017. ISSN 2037-0431.

    CARDENUTO, Reinaldo. Mais humor, menos política: uma certa tendência no drama contemporâneo brasileiro. In. Varia Historia, Brasil, v. 32, n. 59, p. 293-325, 2016. ISSN 1982.4343.

    CARDENUTO, Reinaldo. Dramaturgia de avaliação: o teatro político dos anos 1970. In. Estudos Avançados, Brasil, v. 26, n. 76, p. 311-332, 2012. ISSN 0103.4014.

  • Douglas Resende

    Professor adjunto do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual da mesma universidade. Co-coordenador do Laboratório Kumã da UFF, onde participa de pesquisa no campo das pedagogias do cinema, e dos projetos de extensão Inventar com a Diferença: cinema, educação e direitos humanos e Programa de Formação em Cinema: capacitação, preservação e educação. Doutor em Artes/Cinema pela Escola de Belas da Artes da Universidade Federal de Minas Gerais, com a tese O espaço comum na prática do filme documentário (2017).

    link para o lattes:

    email: douglasresende@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa: Cinema documentário; Políticas do documentário; Pedagogias da arte; Cinema e educação; Cinema e comunidade; Processos e criação coletiva.

    Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Pedagogias do documentário e práticas de um cinema de grupo

    Resumo: A hipótese de uma pedagogia do cinema surge de estudos em busca de respostas a impasses éticos e políticos históricos no campo do documentário. Sair do centro do mundo e criar as condições para que o outro possa ver – uma dessas respostas possíveis que uma certa história do cinema tem dado. “A questão do outro”, escreve Bernardet ainda em Cineastas e imagens do povo, “deveria colocar obrigatoriamente a de um mundo policêntrico ou de um mundo que não tem mais centro”. De Flaherty a Rouch, de Coutinho ao Vídeo nas Aldeias, cineastas cujas experiências são marcadas pela prática de um ver juntos as imagens em processo, nos mostram movimentos dos autores para fora do centro do processo, de modo a possibilitar um processo compartilhado, e nos apontam modos de situar a imagem no lugar da mediação, possibilitando a produção de um espaço comum para um ver e um fazer compartilhados. A imagem poderia ser vista então como uma teia – no belo conceito do pedagogo e cineasta Fernand Deligny – a criar conexões entre indivíduos, grupos e territórios, enfim, a produzir comunidade. A partir dessa possibilidade de uma “pedagogia do cinema”, do trabalho no curso de licenciatura em cinema e das investigações sobre cinema e educação que vêm sendo feitas no Departamento de Cinema da UFF, essa pesquisa propõe experimentar esse “cinema de grupo” no território da escola – mas também de outras comunidades –, formando coletivos de “professores-cineastas” que, juntos, possamos produzir experiências de cinema em relação com a cidade, com as escolas e com os trajetos cotidianos de cada um.

     

    Palavras chave: Pedagogias do cinema, Políticas do documentário, Processo, Alteridade, Comunidade, Cinema e educação

     

    Artigos publicados

    RESENDE, Douglas (et. al.). The pedagogy of the dispositif : suggestions for creating with images – from the film-dispositif to the dispositif as a political-methodological operation. In: The Inventing with Difference Notebook. Niterói: EDG, 2019.

    RESENDE, Douglas. O espaço comum na prática do cinema documentário: memórias de uma comunidade de cinema. In: Devires: cinema e humanidades, Belo Horizonte, no prelo.

    RESENDE, Douglas. O “cinema incompleto” de Abbas Kiarostami. In: MELENDI, MARIA ANGELICA; VENEROSO, MARIA DO CARMO D.. (Orgs.). In: Diálogo entre linguagens: artes plásticas, cinema e artes cênicas. Belo Horizonte: C/Arte, 2006.

  • Wilson Oliveira Filho

    Doutor em Memória Social pela UNIRIO (2014) com período sanduíche (Bolsa PDSE/CAPES) no departamento de Cinema and media studies da Universidade de Chicago sob supervisão de Tom Gunning. A pesquisa resultou na tese “Memórias vivas/ Camadas híbridas: cinema, colecionismo e performance audiovisual em tempo real”, que está em vias de se tornar livro. Realizou, sob supervisão de André Parente, pós-doutorado na ECO/UFRJ onde também foi professor substituto (2014-2016) nas disciplinas Linguagem Audiovisual I e Produção Audiovisual; Desde 2005 é professor em diversas disciplinas da Universidade Estácio de Sá nos cursos de Graduação em Cinema e Audiovisual, Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Na mesma Universidade coordenou os cursos de graduação tecnológica em Produção audiovisual e Fotografia e o Bacharelado em Cinema e Audiovisual. Em 2021 desenvolveu o projeto de Extensão “A sala de cinema no campus João Uchôa: usos e reusos para Economia Criativa”. Foi um dos idealizadores e atualmente um dos coordenadores do Seminário Temático Exibição Cinematográfica, espectatorialidades e artes da projeção no Brasil da SOCINE, sociedade da qual é associado desde 2011. Autor de “McLuhan e o cinema /McLuhan and cinema” (Editora Verve, 2017, obra prefaciada por Eric e Andew McLuhan). Membro da Media Ecology Association desde 2012. Publicou e apresentou diversos artigos em congressos e revistas nacionais e internacionais Artista Multimídia com o DUO2x4 criado com Márcia Bessa.

    Lattes

    email: wilsonoliveirafilho@yahoo.com.br

    Interesses gerais de pesquisa: Cinema experimental; Cinema expandido; Pós-cinemas e transcinemas; Cinema e arqueologia das mídias; Cinema e ecologia das mídias; Cinema e questões curatoriais; Interfaces entre cinema e arte contemporânea; Novas tecnologias e artemídia. Cinemas e materialidade dos meios.

    Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Cinemas expandidos e teorias da mídia: Espectatorialidades, arqueologia e ecologia dos meios nas atrações audiovisuais contemporâneas
    Resumo: A expressão de Gene Youngblood cinema expandido (expanded cinema) vem sendo problematizada na nova configuração do audiovisual. Esse projeto parte da tentativa de aliar uma reflexão sobre essas novas expansões a partir da compreensão de teorias da mídia e novas concepções teóricas do cinema com ênfase nas espectatorialidades e nas atrações para compreender como desse cinema expandido como o gif animado, a glitch art entre outras práticas dialogam com seus correlatos analógicos. Outros exemplos audiovisuais, em especial aqueles situados na fronteira entre arte e mídia, repensam e estendem o cinema. Partindo do entendimento de uma nova ambiência ou ecologia midiática para o cinema e a reflexão deste como arqueologia dos meios, o audiovisual expandido digitalmente remonta ao “cinema de atrações” ao mesmo tempo que precisa lidar com os bancos de dados, a inteligência artificial e novos temas para a espectação (a interação, a imersão) e para a exibição (mudanças no lócus da projeção, questões curatoriais) do que ainda segue sendo entendido como cinema. Em tempos de permanente hibridação entre meios que parece elevar a uma nova potência a sétima arte, o campo expandido nos mostra que realidade virtual, videoinstalações, cinema de museu, live cinema e experiências audiovisuais na web mostram que o cinema sempre sobrevive, sobretudo ao se prolongar midiaticamente.

    Palavras chave: Cinema Expandido; Ecologia das mídias; Arqueologia das mídias; Cinema de atrações. Espectatorialidades.

    Artigos publicados
    OLIVEIRA, Wilson Filho. McLuhan, mídia e materialidade: Estendendo o cinema experimental. REVISTA TRAMA, v. 10, p. 141-153, 2020. Disponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/trama/article/view/10135/47968116

    OLIVEIRA, Wilson Filho; Sousa, Marcia Cristina da Silva . Atrações do cinema (de rua): multiusos, variedades e inovações. In: XXIII Socine: Preservação e memória hoje, 2019, Porto Alegre. ANAIS do Encontro 2019 da SOCINE. São Paulo: Socine, 2019. v. 1. p. 1231-1235. Disponível em: https://www.socine.org/wp-content/uploads/anais/AnaisDeTextosCompletos2019(XXIII).pdf

    OLIVEIRA, Wilson Filho. PARENTE, André . Sobrevidas repetidas das imagens: Os gifs como séries, atrações e extensões. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE), v. 21, p. 294-312, 2018. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/1014l

Colaboradores

  • Gabriel Cruz

     

    Doutor em Design pela PUC-Rio (2017), onde desenvolveu a tese “Brinquedos óticos animados e o ensino de Design”. É professor do Bacharelado e da
    licenciatura em Cinema e Audiovisual da UFF onde desenvolve temas vinculados ao desenvolvimento e linguagem da animação no cinema e suas interseções com a
    educação e com outras mídias como Games, Quadrinhos e Literatura Fantástica. Professor Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual (PPGCine) da UFF. É menbro organizador e fundador do Seminário Brasileiro de Estudos e Animação (SeAnima), e também do Prêmio LeBlanc de Animação, Quadrinhos, Games e Literatura Fantástica em parceria com a ECO-UFRJ, IFRJ e UVA.

    link para o lattes: http://lattes.cnpq.br/3149875776374582

    e-mail: gabrielfilipecruz@id.uff.br

    Interesses gerais de pesquisa: Linguagem da animação, Desenvolvimento de ambientes imersivos, Realidade Virtual, Narrativas Visuais transdisciplinares,
    Intermídias, Cultura Pop, e desenvolvimento de projetos educacionais através do audiovisual.

    Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:

    Título: Produção de filmes imersivos em espaços não formais de ensino-aprendizagem.

    Resumo: Este projeto pretende propor um caminho para a produção de filmes imersivos com fins educacionais. Na Narrativa Animada, qualquer universo ou situação pode ser criado. Objetos e conceitos inanimados ou abstratos podem ganhar vida: tremas podem se rebelar contra a nova reforma ortográfica; novos Deuses podem tentar juntar os continentes numa nova Pangeia; personagens históricos podem viajar pelo tempo; mágicos podem dar vida a personagens famosos da literatura e colocá-los em universos novos; átomos podem procurar fazer amizade com outros elementos no pátio de uma escola elementar e assim por diante. Não existem limitações para o que pode ser contado e mostrado através da animação, o que potencializa o uso desta linguagem na produção de narrativas fantásticas aliadas ao conteúdo educacional.

    E uma das hipóteses desse trabalho pode partir de um tipo de produção muito peculiar: a mídia imersiva através dos espaços de projeção Full Dome e em Realidade Virtual. O primeiro ponto positivo desse sistema é a ampliação tanto das possibilidades a serem exploradas pela ferramenta como também a imersão do jovem ao conteúdo da narrativa.

    Um outro ponto positivo é o fato de podermos pensar em explorar ideias e produções com conteúdo mais local. Boa parte das produções disponíveis foram pensadas e projetadas para o público localizado no Hemisfério Norte (grande parte nos Estados Unidos e Europa), muitas vezes se perde a possibilidade de explorar a cultura local como a Fauna Latino-Americana ou o céu do Hemisfério Sul (neste segundo caso, ampliamos também as possibilidades de um pensar em produtos que podem ser exportados para outros Planetários do Hemisfério Sul, como na Austrália, por exemplo).

    Além do uso destes espaços sociais, essa produção poderá ser explorada de outra forma, através do uso da experiência com os óculos de realidade virtual. Inicialmente com testes mais comuns em jogos de basquete ou apresentações musicais, a popularização e o barateamento desse tipo de mídia como por exemplo, na produção de cardboards de papelão, tem proporcionado inúmeras experiências como a Homenagem animada da Google ao Cineasta George Meliés em seu Doodle de Maio de 2018. Com isso, o projeto também tem como objetivo refletir as diferenças da experiência de um filme imersivo visto pela tela Fulldome da experiência do mesmo visto pelo Óculos de VR.

    Palavras chave: Animação educativa, Mídias Imersivas, Realidade Virtual, Fulldome.

    Artigos publicados:

    CRUZ, Gabriel F. S.; COUTO, Rita Maria de Souza ; RIBEIRO, Flavia Nízia Fonseca . Brinquedos óticos ensinando design: a evolução de uma atividade. Diálogo com a economia criativa, v. 4, p. 108, 2019. Disponível em http://dialogo.espm.br/index.php/revistadcec-rj/article/view/214 – último acesso em 12
    de janeiro de 2022. Doi: http://dx.doi.org/10.22398/2525-2828.411108-127

    CRUZ, Gabriel F.S.; SOUZA, Katia. Maria. ; Spada, Daniele . A Animação Stop Motion como atividade interdisciplinar em cursos de Design. In: 13º Congresso

    Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2019, Joinville. Blucher Design Proceedings. São Paulo: Editora Blucher, 2018. v. 6. p. 425-435. Disponível em
    https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/29931 . Ultimo acesso em 12 de janeiro de 2022. Doi: 10.5151/ped2018-2.1_ACO_4

    CRUZ, Gabriel F S; NOVAES, Luiza ; COUTO, Rita Maria de Souza . Desenvolvendo narrativas animadas na educação: A jornada de um designer animador. In: 11º
    Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2014, Gramado. Anais do 11º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. p. 1540. Disponível em https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/12759. Ultimo acesso em 12 de janeiro de 2022. Doi: 10.5151/designpro-ped-00779