Corpo Docente
Os pesquisadores docentes do Programa de Pós-graduação em Cinema – PPGCine estão distribuidos em duas linhas gerais de pesquisa: Narrativas e Estéticas e Histórias e Políticas.
L1NARRATIVAS E ESTÉTICAS
Permanentes
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Elianne Ivo
Elianne Ivo Barroso possui doutorado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2002) e pós-doutorado pela Université du Québec Abitibi-Témiscamingue (2015). É professora do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Além do PPGCine-UFF, é professora do Programa de Pós-Graduação em Mídias Criativas (PPGMC) da UFRJ. Tem experiência na área de Comunicação e Artes, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, montagem audiovisual, efeitos visuais, produção audiovisual e cinema expandido. Atualmente, dedica -se a pesquisas sobre Montagem e estética de cartografias audiovisuais e sobre Montadores brasileiros.
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Fernando Morais da Costa
Fernando Morais da Costa é professor titular do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). É doutor em Comunicação pela UFF. Possui pós-doutorado na Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor visitante na University of Cambridge, no Centre of Latin American Studies. É autor de “O som no cinema brasileiro” (Rio de Janeiro: 7 letras, 2008). Foi membro da diretoria da Socine, a Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, na gestão 2017/2019 e membro do comitê científico da mesma associação entre 2019 e 2021. Seus interesses como pesquisador residem principalmente nos estudos de som, mas, para além disso, também no cinema contemporâneo e em teoria do cinema.
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India Mara Martins
India Mara Martins é doutora em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade da Beira Interior – UBI, mestre em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas com pós-doutorado na Concordia University, Montreal. É autora do livro “A paisagem no cinema de Wim Wenders” (2015) e co-organizadora do livro “Estéticas do Digital, Cinema e Tecnologia” (2007), Labcom-UBI. Professora do programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual e de Design Visual, no Curso de Cinema e Audiovisual. Pesquisa atualmente representação do espaço e atmosfera no cinema, estratégias de sustentabilidade em direção de arte no audiovisual e coordena o Acervo de Arte da UFF. Foi coordenadora geral do 4o. BRICS Film Festival e da 13a. e 14a. edições da Mostra Cinema e Direitos Humanos.
lattes: http://lattes.cnpq.br/
0511866086660009 email: indiamartins@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa: audiovisual e sustentabilidade, representação do espaço no audiovisual (espaço diegético, físico, social, paisagem e estética), relação entre linguagens (cinema live action/animação; documentário/animação; ficção/documentário); composição visual e criação de atmosferas no audiovisual, aspectos materiais e sensoriais da direção de arte.
resumo do projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua:
Projeto 1
Título: Produção audiovisual, direção de arte e estratégias de sustentabilidadeAudiovisual production, production design and sustainability strategies
Resumo: O objetivo deste projeto é investigar modelos de produção audiovisual sustentáveis e possibilidades de desenvolvimento de propostas para o setor, na perspectiva da tríade de responsabilidades: ambiental, social e econômica. A nossa pesquisa parte do departamento de arte, setor de grande impacto ambiental, uma vez que produz elevada quantidade de resíduos em todas as suas etapas (da pré-produção até a desprodução), faz uso de transporte constantemente, além de mobilizar alto número de técnicos e variados setores de prestação de serviços. Por outro lado, é também um departamento que permite promover o desenvolvimento social, pois pode prever a qualificação e, posterior, contratação de mão de obra local, assim como potencializar o desenvolvimento regional, seja movimentando a economia local, com o envolvimento de prestadores de serviço da região, assim como criando novas alternativas econômicas.
Palavras-chaves: audiovisual, direção de arte, sustentabilidade
Projeto 2
Título: A criação de atmosferas no audiovisual contemporâneo
The creation of atmospheres in contemporary audiovisual
O objetivo desta pesquisa é investigar as diferentes estratégias de criação de “atmosferas” no audiovisual contemporâneo a partir da direção de arte. A atmosfera é definida como um espaço energético, composto por forças visíveis ou invisíveis que têm o poder de desencadear sensações e afetos nos receptores (Gil, 2005). Apesar disso, é pouco discutida por não se tratar de um elemento concreto, facilmente perceptível. A atmosfera faz parte das sensações, do que é intangível, tanto em termos de realização como de recepção. A nossa hipótese é que determinadas estratégias utilizadas pelo Production Designer podem levar à sua constituição ou favorecer a sua criação. O que se busca é mostrar que a atmosfera pode ser um elemento concreto de criação, viabilizada através de diferentes
técnicas pró-filmicas alcançadas com a composição visual, a escolha de locações, a construção cenográfica, a iluminação e, extra-filmicas, como efeitos visuais e especiais, fazendo uso das tecnologias digitais disponíveis na atualidade.
Artigos publicados:
MARTINS, I. M. A opressão das mulheres representada em três filmes de animação In: XXV Encontro SOCINE, 2022, São Paulo. Anais de textos completos do XXV Encontro da SOCINE: inventar futuros. USP: USP, 2023. v.01. p.508 – 513
MARTINS, I. M.; XAVIER, T. A presença do “feminino” na direção de arte no cinema brasileiro In: Trabalhadoras do cinema brasileiro mulheres muito além da direção. 01 ed.Rio de Janeiro: Nau Editora, 2021, v. único, p. 37-58.
MARTINS, ÍNDIA MARA; MEDEIROS, THERESA CHRISTINA BARBOSA DE. Perspectivas para refletir sobre o novo realismo a partir da representação do espaço e da atmosfera sobrenatural em Quando eu era vivo. Rebeca. , v.8, p.213 – 237, 2020. https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/611. MARTINS, I. M
MARTINS, I. M. A representação do espaço em Sense8: perspectivas teóricas para análise do espaço na narrativa seriada In: XXVIII Encontro Anual da Compós, 2019, Porto Alegre. Anais -> 2019 – XXVIII COMPÓS: PUC/PORTO ALEGRE. Porto Alegre: , 2019. v.01. p.01 – 21
MARTINS, I. M. A paisagem potencializando a atmosfera fílmica em Viajo porque preciso, volto porque te amo. CONTEMPORANEA (UFBA. ONLINE). , v.17, p.305-324 – 324, 2019. MARTINS, I. M.; Elianne Ivo. Deserto Azul: paisagens imaginárias no cinema brasileiro. Significação-Revista de Cultura Audiovisual. , v.45, p.113 – 130, 2018. Disponíve em https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/138633
MARTINS, I. M. A direção de arte e a criação de atmosferas no cinema contemporâneo brasileiro In: A direção de arte no cinema brasileiro.01 ed.Rio de Janeiro: Caixa Cultural, 2017, v.01, p. 82-94.
MARTINS, I. M. A paisagem no cinema de Wim Wenders. Rio de Janeiro: Contracapa / Faperj, 2014, v.01. p.180.
MARTINS, I. M. ESTRATÉGIAS VISUAIS E EFEITO DE REAL NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO CINEMATOGRÁFICO In: ALAIC Perú 2014 XII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación, 2014, Lima. XII Congreso Latinoamericano de Investigadores de la Comunicación – GI 4 – Las imágenes visuales y audiovisuales en América Latina. LIMA: PUCP, 2014. v.1. p.01 – 20
MARTINS, I. M. Desejo de Real e Busca pelo Realismo. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE). , v.15, p.47 – 68, 2013. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/87
MARTINS, I. M. Transitoriedade e permanência nos espaços em Wong Kar-Wai. Contemporanea (UFBA. Online). , v.11, p.161 – 181, 2013.
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Karla Holanda
Karla Holanda é professora e pesquisadora do curso de Cinema e do PPGCine – Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual, da Universidade Federal Fluminense. É mestra em Multimeios (Unicamp), doutora em Comunicação (UFF), com pós-doutorado no Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu -, da Universidade Estadual de Campinas. É pesquisadora Jovem Cientista do Nosso Estado/Faperj, contemplada em 2022. É autora do livro Documentário nordestino (Annablume/Fapesp, 2008), organizadora do livro Mulheres de Cinema (Numa, 2019); e coorganizadora dos livros Feminino e Plural: mulheres no cinema brasileiro (Papirus, 2017) e Cinema e América Latina: estética e culturalidade (Socine, 2016). É coordenadora do grupo de pesquisa DeF – Documentário e Fronteiras, com o qual realizou, dentre outras ações, o Catálogo Doc.Br: https://documentarioefronteiras.uff.br
E-mail: karlaholanda@id.uff.brInteresses gerais de pesquisa: Documentário e outras expressões fronteiriças (videoarte, performance), Mulheres no cinema, Mídias audiovisuais (cinema, televisão, vídeo), Pensamento decolonial, Estudos nas interseções de gênero, raça, etnia, classe, sexualidade e recorte etário.
Projeto de pesquisa em andamento:Título: Documentário de autoria feminina no Brasil
Estudo sobre questões de gênero e a relação entre cinema e autoria feminina. Com ênfase na produção documentária e pautando-se por esses estudos, o projeto elabora questões específicas ao objeto de nossa pesquisa e, em especial na obra de realizadoras brasileiras para que nos fundamentem na realização de entrevistas, objetivo central deste projeto. Nos últimos anos, verifica-se um aumento das pesquisas relacionadas às mulheres no cinema, como se vê em algumas publicações recentes. Mesmo assim, esses estudos ainda são reduzidos diante do enorme universo investigativo pouco ou nada explorado. Inicialmente trabalhando com fonte primária, o projeto pretende se expandir, alcançando outros desdobramentos. Quem são as documentaristas brasileiras? Quais filmes realizaram e como? Que características estéticas e narrativas suas obras trazem? O espaço que a historiografia do cinema confere às mulheres diretoras é justo com suas trajetórias? Essas são algumas das questões que motivam o projeto.
Palavras chave: Documentário; Autoria feminina; Gênero
Artigos publicados:
HOLANDA, Karla. Mulheres de cinema (org.). Rio de Janeiro: Numa, 2019.
HOLANDA, Karla. TEDESCO, Marina. Feminino e Plural: Mulheres no cinema brasileiro (org.). São Paulo: Papirus, 2017 p.240.
HOLANDA, Karla. Por que não existiram grandes cineastas mulheres no Brasil? Cadernos Pagu, n. 60, 2020 (no prelo).
HOLANDA, Karla. Documentaristas brasileiras e as vozes feminina e masculina. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v.42, p.339 – 358, 2015.
HOLANDA, Karla. Da história das mulheres ao cinema brasileiro de autoria feminina. Revista FAMECOS (Online). , v.24, p.1 – 18, 2017.
HOLANDA, Karla. Cinema (documentário) e feminismo no Brasil In: Cinema e América Latina: estética e culturalidade.1 ed. São Paulo: Socine, 2016, p. 96-111.
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Lúcia Ramos Monteiro
Lúcia Ramos Monteiro é doutora em Estudos Cinematográficos pela Sorbonne Nouvelle e em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado na USP e na Universidade Grenoble Alpes. Co-organizou os livros “Palmanova. Victor Burgin” (Form[e]s, 2015), “Cinema: estética, política e dimensões da memória” (Sulina, 2019) e “Fordlândia. Suspended Spaces # 5” (Relicário, 2023), entre outros. Professora da graduação em Cinema da Universidade Federal Fluminense, pesquisa as teorias da imagem, cinema e Antropoceno, roteiro, ecocrítica e filmes amazônicos, com o apoio da Faperj. Atua também como crítica (Folha de S. Paulo) e curadora (mostras África(s). Cinema e revolução; A Caliwood de Luis Ospina; Cinema e Direitos Humanos, entre outras).
E-mail: luciarmonteiro@gmail.com
Interesses gerais de pesquisa: Estética do cinema contemporâneo, Cinemas amazônicos, Cinema geológico, Cinema e Antropoceno, Cinema e catástrofe, Estudos de roteiro, Análise de filmes, Estudos feministas, Cinemas negros, cinemas minoritários.
Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Escrever o tempo, inscrever o espaço. Estética do cinema contemporâneo, ecocrítica e estudos de roteiro
Em um momento marcado pela intensificação do debate sobre a degradação do planeta pela ação humana, em que a estética se vê reconfigurada face a questões ambientais, com a emergência da chamada perspectiva ecocrítica nas artes, este projeto de pesquisa dedica-se a pensar questões de temporalidade e espacialidade no cinema contemporâneo e mais especificamente nos cinemas amazônicos, tendo como foco os estudos do roteiro cinematográfico e em uma abordagem influenciada pela ecocrítica.
Palavras chave: Estudos de roteiro; cinema e Antropoceno; ecocrítica.
Artigos publicados
RAMOS MONTEIRO, Lúcia; GONÇALO, Pablo. “O que os estudos de roteiro provocam no campo dos estudos cinematográficos?” (apresentação de dossiê). In: Esferas, ano 11, vol. 2, nº 21, maio-agosto de 2021, p. 1-16. https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/13444/7549
RAMOS MONTEIRO, Lúcia. STOCO, Sávio. Apresentação do dossiê “Cinemas amazônicos em tempos de luta”. In: C-Legenda, n. 38-89, 2020, p. 9-14. https://periodicos.uff.br/ciberlegenda/article/view/50077
RAMOS MONTEIRO, Lúcia. “Por Um Cinema Geológico: visibilidades possíveis para os tempos da Terra”. In: Revista Eco-Pós, v. 23, n. 2, 2020, p. 163-187. https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27533
RAMOS MONTEIRO, Lúcia. “Das narrativas de fundação às narrativas de dissolução. A questão da identidade nacional no cinema contemporâneo”. In: Galáxia, p. 154-166, 2018. https://www.scielo.br/j/gal/a/3vNtFB9rF8cz4MGCxspTfFH/abstract/?lang=pt
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Mariana Baltar
Mariana Baltar é doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USO), em 2018, coordenadora do NEX e professora da graduação em Cinema e Audiovisual da UFF. Em 2019, publicou o livro “Realidade Lacrimosa”, além de diversos artigos com temas vinculados à dimensão do afeto e do excesso como estratégicas estéticas e matrizes culturais para dar conta do lugar do corpo, das sensações e emoções no contexto da cultura audiovisual contemporânea. Em 2021, foi contemplada com o edital “Cientista do Nosso Estado” (Faperj) e, em 2016, atuou como consultora do Núcleo Criativo Reinvenções do cinema de gênero, organizado pela produtora Tardo Filmes, em Fortaleza. Entre 2023 e 2025, foi Presidente da Socine – Sociedade Brasileira de Estudos do Cinema e Audiovisual.
E-mail: marianabaltar@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa: Relações corpo e cinema; Excesso; Afeto; Cinema de atrações; Gêneros narrativos; Melodrama; Horror; Pornografia; Documentário; Estudos de gênero; Ficção seriada.
Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Afetos e atrações no audiovisual contemporâneo
Este projeto pretende pensar as permanências e atualizações do cinema de atrações que pode ser percebida em uma parcela da produção de cinema e audiovisual contemporânea, em especial, mas não exclusivamente, no Brasil. Nesse sentido, o presente projeto pretende refletir sobre as discussões em torno dos conceitos de afeto e de regime de atrações para teorizar sobre o estatuto contemporâneo das imagens e sons bem como refletir sobre a centralidade do corpo na contemporaneidade. Para tanto, focaremos as análises no comportamento dos gestos e da performance dos corpos (em cenas musicais, de dança, de choro, de sexo, de luta e toda sorte de passagens do corpo em ação em seus estados sensacionais e sensoriais). Acreditamos que tais passagens, sobretudo no interior dos produtos (séries e/ou filmes) narrativos se constituem como elementos estruturadores de respostas de engajamento afetivo e passional do espectador. Partindo de um diálogo com os gêneros narrativos, mas ao mesmo tempo instaurando uma perspectiva mais autoral, tais obras operam uma atualização da lógica das atrações que rearticula a centralidade dos corpos (nas telas e dos espectadores) e reestabelece dinâmicas de engajamento afetivo entre corpo do filme e corpo do espectador. Nossa hipótese é que nesta atualização do regime de atrações, o gesto e as performances (dos corpos em sua interação e da câmera) acaba por operar um efeito afetivo que promove uma força disruptiva no tecido narrativo. Nesse sentido, as performances e tableaux constroem um modo de expressar os corpos na tela que mobilizam e capturam o corpo do espectador, a partir de afetos (tal como analisado por Elena Del Rio e Susanna Paasonen) e engajamentos sensório-sentimentais, e nessa captura acabam por trazer a cena dimensões e questionamentos de ordem política. Com isso, acreditamos contribuir para uma reflexão sobre as tensões entre a dimensão narrativa (entendida como storytelling – a capacidade do cinema e audiovisual de contar e estruturar estórias) e a dimensão afetiva e performativa no campo do audiovisual. Quero propor que esta dimensão afetiva e performativa do cinema e audiovisual presentifica um regime de atrações, portanto, recuperando o conceito de atrações, formulado por Tom Gunning e André Gaudreault, refletindo sobre suas permanências e atualizações.
Palavras chave: Audiovisual contemporâneo, Afeto, Cinema de atrações, Corpo, Performance, Gênero
Artigos publicados:
BALTAR, Mariana. Atrações e prazeres visuais em um pornô feminino. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, Brasil, v. 42, n. 43, p. 129-145, aug. 2015.
BALTAR, Mariana. Real Sex, Real Lives – Excesso, Desejo E As Promessas Do Real. In. E.Compós, VOL. 17, NO 3 (2014).
BALTAR, Mariana. Tessituras do excesso: notas iniciais sobre o conceito e suas implicações tomando por base um Procedimento operacional padrão. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, Brasil, v. 39, n. 38, p. 124-146, dec. 2012.
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Marina Tedesco
Marina Cavalcanti Tedesco é doutora pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-doutorado na Universidade Federal da Bahia (UFBA). É professora do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF. Entre outros livros, co-organizou “Corpos em projeção: gênero e sexualidade no cinema latino-americano” (2013) e “Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro” (2017), finalista do Prêmio Jabuti 2018, e organizou “Trabalhadoras do cinema brasileiro: mulheres muito além da direção” (2021). Seu mais recente livro é “Mulheres que constroem imagens: a parceria criativa de Kátia Coelho e Lina Chamie” (2024). Em 2021, foi contemplada com o edital “Jovem Cientista do Nosso Estado” (FAPERJ). Entre 2022 e 2023, foi bolsista da Fundación Carolina. Seus interesses de pesquisa são cinema e vídeo latino-americanos, mulheres no audiovisual e direção de fotografia.
lattes: http://lattes.cnpq.br/
4477543150852748 email: marinatedesco@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa
cinema e audiovisual latino-americanos, telenovela brasileira, direção de fotografia, direção, mulheres no cinema e gêneroprojetos de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa
Mulheres atrás das câmeras: as trajetórias das mulheres nas equipes de câmera no cinema brasileiro de longa-metragem
Estatísticas internacionais apontam a fotografia cinematográfica como uma das áreas onde a sub-representação feminina é mais acentuada. Partindo disso, este projeto de pesquisa, desenvolvido desde 2014, vem levantando informações sobre as mulheres nas equipes de fotografia em longas-metragens brasileiros lançados em salas de cinema (tais como funções ocupadas, geração, formação, região, raça, maternidade). Desde 2017, também temos realizado entrevistas com diretoras de fotografia a fim de compreendermos diferentes aspectos do fenômeno da sub-representação no Brasil, confirmado pelos nossos dados.Nuevo Cine Latinoamericana: um fenômeno masculino?
Esta pesquisa tem início em 2009, quando constatamos que na bibliografia sobre o Nuevo Cine Latinoamericano, o movimento cinematográfico mais importante de nossa região, praticamente não havia referências a diretoras mulheres. No decorrer destes anos construímos uma lista de realizadoras que tiveram algum tipo de relação com o movimento, reunimos seus filmes aos quais tivemos acesso e produzimos textos sobre algumas destas obras e cineastas, além de análises críticas sobre como a históriae o cânone do Nuevo Cine Latinoamericano foram constituídos.
Fotografia como diferencial competitivo em telenovelas: produções da Rede Globo nos últimos 15 anos
As telenovelas brasileiras realizadas pela Rede Globo são, há décadas, produtos de exportação, tendo recebido diversos prêmios internacionais em certames voltados para a televisão. Após um longo período de grande hegemonia nos seus horários de veiculação, esse tipo de conteúdo vem sofrendo, nos últimos 15 anos e principalmente nos centros urbanos industrializados e entre o público jovem, as consequências de diferentes crises que se somam ao longo de três décadas. Considerando que os últimos 15 anos coincidem com a grande evolução da cinematografia digital, que permite uma aproximação até então impossível entre as imagens captadas em vídeo e as captadas em película, esta pesquisa pretende compreender como a fotografia audiovisual tem sido mobilizada pela Rede Globo nesse período em sua tentativa de não perder mercado.Publicações:
TEDESCO, Marina Cavalcanti. Nuevo Cine Latinoamericano: uma análise do cânone a partir do gênero. In. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, Brasil, Ahead of print, p. 1-24, jun. 2020. eISSN: 2317-2096. Disponível em: <https://periodicos.ufmg.br/index.php/aletria/article/view/23945/19394>. Acesso em 11 set. 2020. https://doi.org/10.35699/2317-2096.239452096.23945
TEDESCO, Marina Cavalcanti. A contribuição de Sara Gómez para a linguagem do documentário cubano pós-Revolução de 1959: uma análise de Historia de la piratería. In. Doc On-Line: Revista Digital de Cinema Documentário, v. SI2019, p. 104-117, 2019. Disponível em: <http://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/
index.php/doc/article/view/625 >. Acesso em 11 set. 2020. doi: 10.25768/FAL.doc.si2019.dt05 TEDESCO, Marina Cavalcanti. Mulheres atrás das câmeras: a presença feminina nas equipes de fotografia brasileiras. In. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 43, p. 47-68, 2016. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/
significacao/article/view/ 119978/121178>. Acesso em 11 set. 2020. doi: https://doi.org/10.11606/issn. 2316-7114.sig.2016.119978
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Maurício de Bragança
Maurício de Bragança possui graduação em Comunicação Social – Cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF) (2004), graduação em História – Licenciatura pela UFF (1990), mestrado em Comunicação pela UFF (2003) e doutorado em Letras pela UFF (2007). Fez seu primeiro pós-doutorado entre 2008 e 2009, na UFF, e seu segundo pós-doutorado na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Atualmente é professor do Departamento de Cinema e Vídeo da UFF. Tem experiência na área de Comunicação e Letras, com ênfase em Cinema e Literatura Hispano-americana.
E-mail: mauriciode@yahoo.com
Interesses gerais de pesquisa: cinema latino-americano; relações entre cinema, literatura e o campo midiático; estudos culturais latino-americanos; “pensamento espacial”, espaço, território, cartografia, territorialidade no cinema e audiovisual; relações entre cinema, imagem e teorias decoloniais e pós-coloniais.
Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Território e enunciação: narrativas audiovisuais de fronteira em torno do muro México/EUA
A partir da “virada espacial” diagnosticada nos anos 1970, percebemos que a ideia de “espaço-tempo” ganha relevância nos estudos dedicados às relações entre território e poder, estabelecendo dinâmicas específicas nas inscrições espaciais e na “geometria de poder” (Doreen Massey) que se estabelece nas múltiplas cartografias ao redor do mundo. A intensificação dos fluxos migratórios, que teve início nas últimas décadas do século 20, acirrou uma política de contenções de fronteiras ao mesmo tempo em que se fragilizaram os contornos modernos dos Estados-Nação, num desordenamento dos espaços que indicou a emergência de novas territorialidades atuantes em múltiplas cartografias contemporâneas. Nesse contexto, surgem vários projetos de controle de fronteiras, instaurando-se uma complexa dinâmica baseada numa relação entre contenção e trânsito. Tais estratégias político-econômicas foram responsáveis pela construção de muros que se impuseram como poderosas imagens da geopolítica contemporânea, acionando no campo audiovisual inúmeras narrativas que apresentam o muro como enunciação. Nesta pesquisa, propomos uma investigação acerca das narrativas audiovisuais sobre o muro que separa o México dos Estados Unidos da América, inserindo-o numa tradição histórica que acolheu a fronteira como um lugar de destaque nos repertórios cinematográficos e audiovisuais de ambos os países. No âmbito desta pesquisa, serão considerados tanto as narrativas ficcionais como as não-ficcionais, de forma a incluir diversas abordagens e estratégias discursivas em torno à fronteira. Pretendemos priorizar uma produção contemporânea que apresenta a imagem do muro México/EUA como emblema de uma complexa relação entre os conceitos de território/territorialidade e enunciação, reforçando o redirecionamento dos fluxos que sempre se contrapuseram e resistiram às propostas de interdição almejadas pela construção desta barreira material, simbólica e cultural. Acreditamos que estes filmes evidenciam as experiências de conflito que se organizam a partir de uma “colonialidade do poder” (Anibal Quijano) a partir da qual os territórios se configuram como enunciação. Apostando numa metodologia interdisciplinar, e enfatizando as discussões em torno da teoria decolonial latino-americana em diálogo com os estudos sobre o espaço, território e fronteira no campo do cinema e audiovisual, indicamos a existência de uma ideia de liminaridade e de uma ambivalência que permeiam as dinâmicas de poder em torno do muro e elegemos três aspectos narrativos que frequentam os enunciados dessa fronteira: o trânsito dos indocumentados, o narcotráfico e o estatuto do mexicano-americano. Desta forma, problematizamos o muro não apenas nos fluxos que se inscrevem no seu atravessamento stricto sensu, mas também na permanência deste emblema da interdição na experiência deste sujeito em novas territorialidades marcadas pelos ilegalismos.
Palavras chave: Território; Territorialidade; Muro México/EUA; Fronteira; Cinema de fronteira
Artigos publicados
BRAGANÇA, Maurício de. Território e deslocamento: a infância em cenário de fronteira no cinema latino-americano do século XXI. LOGOS (UERJ. IMPRESSO), v. 25, p. 110-123, 2019.
BRAGANÇA, Maurício de. Cinema e intermidialidade na América Latina: o que a cabaretera tem a nos dizer sobre este processo. RUMORES (USP), v. 12, p. 135-152, 2018.
BRAGANÇA, Maurício de. Dimensões culturais e narrativas dos filmes de crime latino-americanos do início do século XX. ANIMUS (SANTA MARIA. ONLINE), v. 17, p. 128-145, 2018.
BRAGANÇA, Maurício de. Imagens de ostentação nas narconarrativas: consumo e cultura popular. Rumores (USP), v. 9, p. 147-163, 2015.
BRAGANÇA, Maurício de. A narcocultura na mídia: notas sobre um narcoimaginário latino-americano. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, v. 37, p. 93-109, 2012.
BRAGANÇA, Maurício de. Os estudos de narco, os territórios ocupados e as mediações do crime. In: SERELLE, Marcio; SOARES, Rosana. (Org.). Mediações críticas: representações na cultura midiática. 1ed.São Paulo: Midiato ECA/USP, 2017, v. , p. 168-178.
Colaboradores
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Marcelus Gaio
Marcelus Gaio é Doutor em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), onde desenvolveu a tese “Animação e Expressionismo: uma questão de linguagem, gênero e estilo” com bolsa de financiamento da CAPES. É Mestre em Design pela PUC-Rio tendo realizado a dissertação “Concept Art: design e narrativa em animação”. Tem formação lato sensu em Animação pela PUC-RIO. É professor Adjunto do Departamento de Análise e Representação da Forma (BAF) da Escola de Belas Artes – Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA-UFRJ), ministrando na graduação disciplinas de Modelo Vivo 1 e 2. Na especialização Técnicas de Representação Gráfica – EBA, ministra a disciplina Aplicações da Computação na Expressão Gráfica. É coordenador do Laboratório de Animação Analógica e Digital da EBA-UFRJ. Pesquisa atualmente os aspectos de linguagem, estética e poética do Cinema de Animação.
E-mail: marcelusgaio@eba.ufrj.br
Lattes: http://lattes.cnpq.br/9360708437523544
Título do projeto de pesquisa em andamento: Linguagem da Animação: propostas para conceituação
Interesses gerais da pesquisa: cinema de animação, linguagem da animação, estética da animação, animação e estilo, gêneros narrativos e animação, técnicas de animação.
Resumo do projeto de pesquisa em andamento: O projeto de pesquisa tem como tema central a investigação sobre o cinema de animação e sua linguagem. Partimos aqui do pressuposto de que o cinema de animação é uma forma de arte independente e que, como tal, tem uma linguagem própria e que constrói significados de maneira que lhe é intrínseca. No entanto, se faz necessário verificar quais elementos de linguagem pertencem à animação e permitem identificar inequivocamente um filme de animação.
Essa é, então, a tarefa central da pesquisa aqui proposta, qual seja, identificar elementos da linguagem da animação e conceitua-los. Para tanto serão revisitados elementos anteriormente verificados, se buscará novos elementos, sempre a partir de um arcabouço teórico no campo da animação e em campos que lhe são próximos, como o cinema live action e as artes visuais.
Artigos publicados:
GAMBA, Nilton G. ; SENNA, M. G. S. . De Caligari à Rainha Má: a influência do Expressionismo Alemão no filme Branca de Neve e os sete anões. Alceu (Online), v.
16, p. 125-137, 2016. http://revistaalceu.com.puc-rio.br/index.php/alceu/article/view/155SENNA, M. G. S.; GAMBA, Nilton G. . A fotografia e a construção de linguagem material do personagem de animação. In: 12º P&D 2016 – Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2016, Belo Horizonte. 12º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. São Paulo: Editora Edgard
Blücher Ltda., 2016. v. 2. p. 1513-1521. https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/a-fotografia-e-a-construo-de-linguagem-material-do-personagem-de-animao-24364SENNA, M. G. S.; GAMBA, Nilton G. ; CARVALHO, M. . Vincent: um pesadelo expressionista de Tim Burton. In: CONFIA 2019 – 7th International Conference of
Animation and Illustration, 2019, Viana do Castelo – Portugal. CONFIA 2019 – 7th International Conference of Animation and Illustration. Barcelos, Portugal: Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, 2019. v. 7º. p. 58-67. https://confia.ipca.pt/files/confia_2019_proceedings.pdf
L2HISTÓRIAS E POLÍTICAS
Permanentes
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Cezar Migliorin
Foto: Julia Raad
Cezar Migliorin é psicanalista e professor de cinema do Departamento de Cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Cinema pela Sorbonne Nouvelle – França, Pós-doutorado na Universidade de Roehampton – Inglaterra e na psicologia clínica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Coordenador do projeto Inventar com a Diferença. Publicou “Inevitavelmente cinema: educação, política e mafuá” (2015), “Cinema de Brincar” (2019), com Isaac Pipano, e “Cinema e Clínica” (2022), entre outros livros. Foi presidente da Socine – Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual. Co-coordena o Laboratório Kumã – UFF e faz parte do coletivo clínico Casa Jangada. Desenvolve pesquisa sobre cinema, arte e processos subjetivos.
lattes: http://buscatextual.cnpq.br/
buscatextual/visualizacv.do? id=K4701792A1 email: cezarmigliorin@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa
Cinema e clínica, cinema e educação, psicanálise, processos subjetivos e estudos deleuzianos
resumo do projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua
Cinema e processos subjetivos Descrição: Trata-se nesse projeto de investigar, em forte relação transdisciplinar e com trabalho de campo, as relações que o fazer-cinema, em ambientes não-profissionais, ensejam com os processos subjetivos. Nos dedicamos ao trabalho entre o cinema, educação e clínica, atuando e pesquisando as relações de cuidado que se realizam dentro de grupos de trabalho com o cinema. Não se trata aqui de ler a clínica com o cinema nem vice-versa, mas, fazer uma aproximação em que os limites mesmo de um e outro sejam esgarçados. A pesquisa é um desdobramento de nossos trabalhos anteriores ligados à pedagogia do dispositivo, trabalhada em diversos projetos de cinema e educação, entre eles o Inventar com a Diferença, na UFF, desde 2013 e, nossas pesquisas com o cinema documentário.
Cinema e clínica: notas com uma prática
MIGLIORIN, C.. Cinema e clínica: notas com uma prática. METAMORFOSE ARTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, v. 4, p. 30-46, 2020.
https://portalseer.ufba.br/index.php/metamorfose/article/ view/34130 Camerar um ponto de ver: a pedagogia das imagens em Boa Água
PIPANO, Isaac ; MIGLIORIN, CEZAR . Camerar um ponto de ver: a pedagogia das imagens em Boa Água. Rebeca, v. 8, p. 143-157, 2019.
https://rebeca.socine.org.br/1/article/view/563Notas sobre um estilo: sete pistas para um encontro com Deleuze e Guattari MIGLIORIN, CEZAR. Notas sobre um estilo: sete pistas para um encontro com Deleuze e Guattari. VISO : CADERNOS DE ESTÉTICA APLICADA, v. 13, p. 1-18, 2019.
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Douglas Resende
Douglas Resende é professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui doutorado em Artes pela Escola de Belas da Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi coordenador do curso de Cinema e Audiovisual Licenciatura (2021-2024). É co-coordenador do Laboratório Kumã, onde foi um dos coordenadores do projeto de extensão Inventar com a Diferença: cinema, educação e direitos humanos (2017-2019).
lattes: http://lattes.cnpq.br/5821644727614159
email: douglasresende@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa: Cinema documentário; Políticas do documentário; Pedagogias da arte; Cinema e educação; Cinema e comunidade; Processos e criação coletiva.
Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Pedagogias do documentário e práticas de um cinema de grupo
Resumo: A hipótese de uma pedagogia do cinema surge de estudos em busca de respostas a impasses éticos e políticos históricos no campo do documentário. Sair do centro do mundo e criar as condições para que o outro possa ver – uma dessas respostas possíveis que uma certa história do cinema tem dado. “A questão do outro”, escreve Bernardet ainda em Cineastas e imagens do povo, “deveria colocar obrigatoriamente a de um mundo policêntrico ou de um mundo que não tem mais centro”. De Flaherty a Rouch, de Coutinho ao Vídeo nas Aldeias, cineastas cujas experiências são marcadas pela prática de um ver juntos as imagens em processo, nos mostram movimentos dos autores para fora do centro do processo, de modo a possibilitar um processo compartilhado, e nos apontam modos de situar a imagem no lugar da mediação, possibilitando a produção de um espaço comum para um ver e um fazer compartilhados. A imagem poderia ser vista então como uma teia – no belo conceito do pedagogo e cineasta Fernand Deligny – a criar conexões entre indivíduos, grupos e territórios, enfim, a produzir comunidade. A partir dessa possibilidade de uma “pedagogia do cinema”, do trabalho no curso de licenciatura em cinema e das investigações sobre cinema e educação que vêm sendo feitas no Departamento de Cinema da UFF, essa pesquisa propõe experimentar esse “cinema de grupo” no território da escola – mas também de outras comunidades –, formando coletivos de “professores-cineastas” que, juntos, possamos produzir experiências de cinema em relação com a cidade, com as escolas e com os trajetos cotidianos de cada um.
Palavras chave: Pedagogias do cinema, Políticas do documentário, Processo, Alteridade, Comunidade, Cinema e educação
Artigos publicados
RESENDE, Douglas (et. al.). The pedagogy of the dispositif : suggestions for creating with images – from the film-dispositif to the dispositif as a political-methodological operation. In: The Inventing with Difference Notebook. Niterói: EDG, 2019.
RESENDE, Douglas. O espaço comum na prática do cinema documentário: memórias de uma comunidade de cinema. In: Devires: cinema e humanidades, Belo Horizonte, no prelo.
RESENDE, Douglas. O “cinema incompleto” de Abbas Kiarostami. In: MELENDI, MARIA ANGELICA; VENEROSO, MARIA DO CARMO D.. (Orgs.). In: Diálogo entre linguagens: artes plásticas, cinema e artes cênicas. Belo Horizonte: C/Arte, 2006.
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Eliany Salvatierra Machado
Eliany Salvatierra Machado é doutora em Comunicação pela Universidade de São Paulo – USP, com pós-doutorado na Universidad de la República do Uruguai (Udelar). É professora do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Em 2023, co-organizou o livro “10 Anos da Licenciatura em Cinema e Audiovisual da UFF” sobre o curso pioneiro da UFF. Coordena os Encontros de Educadores/as Audiovisuais desde 2012. Coordenou vários projetos no campo da Educomunicação e do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID (2018 e 2023). Atualmente, pesquisa a formação do/a educador/a audiovisual, a perspectiva da colonialidade do ver e a sociologia da imagem desde a história andina.
ID Lattes: 9514076768463655
email: elianysalvatierra@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa
Atualmente estuda os fundamentos ou os princípios norteadores que orientam as práticas dos/das educadores/as audiovisuais na Educação Básica e em projetos sociais. O objetivo é discutir propostas que contribuam na formação do licenciando/a em Cinema e Audiovisual.
projetos de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua
Projeto de pesquisa (revisão)
O projeto de pesquisa, em desenvolvimento, tem como objetivo contribuir com a formação teórica e prática do/a educador/a audiovisual. Durante a pesquisa nos propomos mapear práticas que trabalhem na perspectiva da experiencia estética (experiencia dos sentidos) com o audiovisual, na América Latina.
Palavras chaves: educador/a audiovisual, experiencia estética, audiovisual
publicações
MALDONADO, A. E. ; CASTRO, E. L. ; MACHADO, E. S. . A Educomunicação: uma perspectiva dialógica. In: Alberto Efendy Maldonado; Edizon León Castro. (Org.). Investigación crítica de la comunicación en América Latina diálogos com la vertiente Mattelart. Disponíel em:
https://libreria.ciespal.org/producto/investigacion-critica-de-la-comunicacion-en-america-latina-dialogos-con-la-vertiente-mattelart/MACHADO, ELIANY SALVATIERRA. Pega Visão: relatos sobre um processo Educomunicativo. ESFERAS, v. 13, p. 01-09, 201901, p. 467-480. Disponível em: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/esf/article/view/9909
MACHADO, ELIANY SALVATIERRA. A produção audiovisual na Educação Básica. REVISTA ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS, v. 44, p. 53-68, 2018. Disponível em:
http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/reu/article/view/3280
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Fabián Núñez
Fabián Núñez é doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também é professor do Departamento de Cinema e Vídeo, desde 2009. Realizou seu pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). É membro do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual (LUPA) e líder do Grupo de Pesquisa CNPq Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA). Seus principais temas de interesse são: cinema latino-americano (o que também inclui cinema brasileiro), crítica cinematográfica, preservação audiovisual e cinema e cidade.
lattes: http://lattes.cnpq.br/3841971700330998
e-mail: fabian_nunez@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa: Cinema Latino-Americano; Cinema Brasileiro; Cinema Africano; História do Cinema; Cinema e História; Crítica Cinematográfica; Preservação Audiovisual.
Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:
A criação da Unión de Cinematecas de América Latina (UCAL), em 1965, visa dar visibilidade e articulação às jovens cinematecas latino-americanas, ocupando um vazio institucional gerado pela saída em bloco de parte de nossas instituições da Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF), em 1960, em apoio à saída da Cinemateca Francesa da organização. A Crise de 1959/60 no seio da FIAF é gerada pelo debate em torno do conceito de “cinemateca”, em sua missão de preservação e difusão. No entanto, por trás desse debate se encontra um processo gerado paradoxalmente pelas próprias cinematecas, a saber, a constituição de um mercado do patrimônio cinematográfico. Por sua vez, a segunda metade dos anos 1960 pode ser interpretada como a consolidação ideológica do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), na medida em que já não se fala em nome de cinematografias nacionais, mas de uma cinematografia de caráter subcontinental, embora se reconheçam as singularidades de cada país. Portanto, não é mera coincidência o fato de os principais textos teóricos do NCL terem sido redigidos nesse contexto. Desse modo, da segunda metade dos anos 1960 e ao longo da década seguinte, o NCL se formaliza e busca postular os seus preceitos e pressupostos, formando um processo diversificado e múltiplo. E no interior desse processo se encontram os debates ocorridos na UCAL, sobretudo na discussão sobre a redefinição do conceito de cinemateca na América Latina. Portanto, o nosso intuito é compreender os discursos que atravessam a “instituição cinemateca” em nossos países no seio da UCAL.
Palavras-chave: Cinemateca; Unión de Cinematecas de América Latina; América Latina; Cinema Moderno; Nuevo Cine Latinoamericano; Preservação Audiovisual; Patrimônio Cultural
Artigos publicados
NÚÑEZ, Fabián. La acción de las cinematecas latinoamericanas en tiempos de dictadura: el caso de la Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Archivos de la Filmoteca. Valencia, n. 73, out. 2017, p. 43-55. ISSN 0214-6606, e-ISSN 2340-1989.
Disponível em: http://www.archivosdelafilmoteca.com/index.php/archivos/article/view/541
NÚÑEZ, Fabián. Notas para um estudo sobre a Unión de Cinematecas de América Latina. Significação: Revista de Cultura Audiovisual. São Paulo, v. 42, n. 44, dez. 2015, p. 63-81. ISSN 2316-7114. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2015.103442.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/103442
Livro eletrônico organizado
CORSEUIL, Anelise R.; NÚÑEZ, Fabián; HOLANDA, Karla. (Org). Cinema e América Latina: estética e culturalidade. São Paulo: Socine, 2016. 181f. ISBN: 978-85-63552-19-8.
Disponível em: https://www.socine.org/wp…/Cinema-e-America-Latina-estetica-e-culturalidade.pdf
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João Luiz Vieira
João Luiz Vieira é professor titular aposentado do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). É doutor em Cinema Studies pela New York University (1984), orientado por Robert Stam, e pós-doutor pela Universidade de Warwick, Inglaterra (1997), supervisionado por Richard Dyer. Foi professor visitante na University of New Mexico (1996) e professor visitante na University of Iowa (2002). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Cinema, atuando principalmente nos campos do cinema brasileiro, história do cinema, crítica e estética. Participa na curadoria de mostras, com ênfase no cinema brasileiro. Parecerista, crítico, ensaísta e membro de diversos conselhos editoriais nacionais e internacionais. É autor de inúmeros textos, críticas, ensaios, capítulos de livros e livros publicados no Brasil e no exterior A partir de 2015, realiza pesquisa sobre a chegada dos sistemas panorâmicos no Brasil com ênfase na exibição em salas de cinema. Foi bolsista da Fulbright, CNPq e CAPES.
lattes: http://lattes.cnpq.br/9269570792836889
e-mail: joaoluizvieira@id.uff.br
interesses gerais de pesquisa
Adaptação; Corpo e imagem; realismo imersivo; Salas de cinema; Histórias de cinemas; Preservação e arquivo.
projeto de pesquisa em andamento
Estudar a situação imersiva introduzida pelas novas mídias na fruição cinematográfica e as transformações sociais e econômicas dela decorrentes. Investigar historicamente o conceito moderno de realismo imersivo a partir das tecnologias desenvolvidas na década de 1950, com ênfase na primeira forma de produção/exibição em formato panorâmico, o Cinerama, seu impacto sensorial na primeira metade dos anos 1950, bem como a chegada e significado no mercado exibidor brasileiro a partir de agosto de 1959, com a inauguração do Cine Comodoro (SP) e, posteriormente no Rio de Janeiro, em sua versão 70mm no Cine Roxy, Copacabana (1967). Estender o termo realismo imersivo de sua primeira origem baziniana para a sua radicalização no momento contemporâneo, de intensa transformação tecnológica a partir das imagens e sons digitais a fim de investigar como essas transformações alteraram o conceito tradicional de cinema e, consequentemente, do estatuto autoral e espectatorial, criando e fundindo noções anteriormente mais fixas e rígidas, para redefinir novos processos interativos e intermidiais, diferentes suportes e plataformas em cenários pós-cinema.
Paralelamente, realiza pesquisa sobre o Cine Azteca, no Rio de Janeiro em suas ligações com o circuito PelMex no Brasil e o protagonismo da chanchada Carnaval Atlântida na intersecção entre a História do Cinema e as histórias de cinemas.
Palavras chave: telas panorâmicas, realismo imersivo, espectatorialidades, histórias de cinemas
Interesses gerais de pesquisa: cinema brasileiro, chanchada, paródia, exibição cinematográfica, salas de cinemas, linguagem cinematográfica, metodologias de análise fílmica, estruturas do olhar, cinema japonês, Cinerama e outros formatos panorâmicos, Roberto Farias, art déco, estrelismo, cinema translatino, entre muitos outros.
grupos de pesquisa
Modos de ver, estudos das salas de cinemas, exibição e audiências cinematográficas (ESPM-UFF)
publicações
A chanchada e o cinema carioca (1930-1950), in Nova História do Cinema Brasileiro, Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman (orgs). São Paulo: Edições SESC, 2018, p. 344-391
The Forest and the City: Rio as an Immersive Landscape, in Streetnotes: ethnography, poetry and the documentary experience, v. 26, 2019, p. 148-162
Home page: http://https://escholarship.org/uc/item/9j31x5r0
Subjetividade virtual em nova carne, in Revista Fronteiras: Estudos Midiáticos, v. 3, 2001, p. 71-82
The New Aesthetics of Discovery and Emergency in the New Brazilian Cinema, in Film Quarterly, vol.74 (Winter 2020-21), em co-autoria com B.Ruby Rich. p. 12-19
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Luiz Augusto Rezende
Luiz Augusto Rezende é professor do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde (NUTES) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É graduado em Comunicação Social-Cinema (Universidade Federal Fluminense), com mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura (UFRJ), e Pós-doutorado na Pontifícia Universidad Católica de Chile. Autor do livro “Microfísica do Documentário – Ensaio sobre criação e ontologia do documentário” (2013), publicado com financiamento da Faperj, e co-organizador da coletânea “Cinema-Educação: políticas e poéticas” (2021), publicado sob os auspícios da Socine. É pesquisador das áreas de tecnologia educacional, educação em ciências e saúde e cinema documentário. Coordenou e participou de diversas equipes de pesquisa, com financiamento de agências de fomento brasileiras e estrangeiras.
lattes: http://lattes.cnpq.br/0831017619527813
e-mail: luizrezende@ufrj.br
Interesses gerais de pesquisa
Usos do audiovisual em Educação; a recepção de audiovisuais em contextos educativos; articulações entre as teorias pedagógicas e os modelos e estéticas audiovisuais; usos de arquivos audiovisuais na educação; história do audiovisual educativo no Brasil e suas relações com as Ciências e a Saúde; produção e experimentação de metodologias de ação educativa com o audiovisual.
projeto de pesquisa em andamento e grupos de pesquisa nos quais atua
Deslocamentos da Espectatorialidade em Cenários Educativos
Este projeto tem como objeto central a mediação do professor no reendereçamento de obras audiovisuais para inseri-las em suas aulas. A escolha e a inserção de uma determinada obra passa pela leitura e apropriação desta pelo professor, o que resulta na consequente adaptação do endereçamento da obra a um novo contexto. Este novo contexto pode produzir leituras talvez não imaginadas pelos produtores, ou mesmo em desacordo com o endereçamento “original”. O objetivo do projeto é descrever e analisar a recepção fílmica em aulas da educação básica e/ou superior, considerando especialmente como são tratadas as tensões entre exclusão e inclusão no reendereçamento de obras audiovisuais em situações de ensino. Tomando como base referenciais teórico-metodológicos dos campos da Comunicação e do Cinema e o modelo multidimensional de estudo da recepção audiovisual de Hall/Schrøder, buscaremos entender como o endereçamento e o reendereçamento se articulam na produção de sentido. A pesquisa será realizada em três etapas: 1) recrutamento de professores da educação básica e superior que utilizem habitualmente recursos audiovisuais em suas aulas; 2) análise do endereçamento das obras utilizadas pelos professores e das leituras, adaptações e reendereçamentos produzidos por eles; e 3) análise da recepção dos alunos considerando o contexto produzido pelos professores. Esperamos contribuir para que o uso de materiais audiovisuais em sala de aula seja melhor compreendido em suas especificidades, limites e possibilidades.
Grupos de Pesquisa:
– Grupo de Pesquisa em Recepção Audiovisual em Educação em Ciências e Saúde (Geraes – UFRJ)
– Grupo de Pesquisa em Práticas e imagens documentais na cultura audiovisual contemporâneas (ECO-UFRJ)
– Grupo de Pesquisa em Tecnologia, Educação & Cultura (GPTEC-IFRJ)
– Grupo de Estudos em Educação, Mediações e Tecnologias (GEEMT-UFRJ)
publicações
– DISSAT, E. ; REZENDE FILHO, L. A. C. . Endereçamento e Reendereçamento no uso de um vídeo por uma professora de ciências. REVISTA BRASILEIRA DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, v. 12, p. 93-114, 2019. https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/7386
– PEREIRA, Geraldo ; BARBOSA, MARIA INÊS BATISTA ; REZENDE FILHO, LUIZ AUGUSTO COIMBRA DE. Ouvindo imagens: ensaio sobre uma oficina audiovisual inclusiva de cinema e educação. PRÓ-POSIÇÕES (UNICAMP. ONLINE), v. 30, p. e20180041, 2019.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-73072019000100545&script=sci_abstract&tlng=pt
– REZENDE FILHO, L. A. C.; BASTOS, W. ; PASTOR JUNIOR, A. A. ; PEREIRA, M. V. ; SA, M. B. Contribuições dos estudos de recepção audiovisual para a educação em ciências e saúde. Alexandria (UFSC), v. 8, p. 143-161, 2015.
https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2015v8n2p143
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Rafael de Luna Freire
Rafael de Luna Freire é Doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com estágio doutoral na Universidade da Califórnia – Los Angeles (UCLA), e pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos. É coordenador do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual, LUPA-UFF. Idealizou e coordenou o projeto Resgate da obra cinematográfica de Gerson Tavares, responsável pela restauração do longa-metragem “Antes, o verão” (1968). É autor de inúmeras publicações, entre as quais os livros “Navalha na tela: Plínio Marcos e o cinema brasileiro” (2008), “Cinematographo em Nictheroy: história das salas de cinema de Niterói” (2012) e “O negócio do filme: a distribuição cinematográfica no Brasil, 1907-1915” (2022). Realiza pesquisas e projetos sobre história do cinema brasileiro, preservação audiovisual e tecnologias das imagens em movimento.
lattes: http://lattes.cnpq.br/4214371430445839
email: rafaeldeluna@hotmail.com
Interesses gerais de pesquisa
História e historiografia do cinema brasileiro; tecnologia das imagens em movimento; preservação audiovisual; chanchada; cinema silencioso; relações intermidiáticas entre filme sonoro, disco e rádio; arqueologia das mídias; exibição cinematográfica; estudos de gêneros cinematográficos; filmes órfãos; restauração de filmes.
Projeto de pesquisa em andamento
Título: A projeção de filmes no Brasil: arqueologia da exibição cinematográfica
Resumo: Esse projeto tem o objetivo de traçar um panorama histórico da projeção de filmes no Brasil, das primeiras experiências de exibições de imagens em movimento no final do século XIX até meados do século XX, período em que o cinema oferecia a única forma existente de consumo de imagens em movimento no país. Embasado na proposta de uma arqueologia das mídias, o projeto pretende articular uma história que fuja da teleologia evolutiva e da causalidade linear, reconhecendo rupturas e caminhos alternativos, além de fronteiras fluidas entre as diferentes mídias na trajetória da popularização da exibição de filmes no Brasil. A pesquisa será dividida em quatro eixos que irão abordar, respectivamente, a prática da projeção por transparências nas salas de exibição brasileiras no período silencioso; o controle térmico através, por exemplo, de aparelhos de ventilação e ar-condicionado, no interior dos espaços de exibição; as empresas brasileiras de fabricação e montagem de projetores cinematográficos; e a representação das salas de cinema brasileiras em cartões-postais. Desse modo, pretendemos analisar sob diferentes dimensões – tecnológica, social, econômica e discursiva – as características dos diversos modos de apresentação de filmes no Brasil.
Palavras-chave: cinema; exibição, história; tecnologia.
Grupos de pesquisa
• História do cinema no Brasil – recepção, mercado e tecnologia (UFF)
• Modos de Ver – Estudos das salas de cinema, exibição e audiências cinematográficas (ESPM)
• Cinemídia (UFSCar)
Artigos publicados
FREIRE, Rafael de Luna; FRÓES, Natália Teles Silva. Carlos Fonseca e o cinema conservador carioca. Eco-Pós, v.23, n.1, 2020. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27548
FREIRE, Rafael de Luna. Cinephon: sobre como o cinema sonoro impulsionou a fabricação de projetores cinematográficos no Brasil. Aniki: revista portuguesa da imagem em movimento, v. 5, n.1, 2018. Disponível em: http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/article/view/357/pdf
FREIRE, Rafael de Luna. O cinema no Rio de Janeiro (1914-1929). In: Fernão Pessoa Ramos e Sheila Schvarzman (orgs.). Nova história do cinema brasileiro. v.1. São Paulo: SESC, 2018.
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Reinaldo Cardenuto
Reinaldo Cardenuto é professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui doutorado em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (2014). Suas pesquisas são voltadas principalmente para as áreas de História, Cinema e Dramaturgia, temas sobre os quais já publicou diversos artigos e capítulos de livros. Em 2020, lançou o livro “Por um cinema popular: Leon Hirszman, política e resistência”, finalista da edição 2021 do Prêmio Jabuti. Além de atuar por anos no Conselho Editorial da revista Significação, foi Chefe Editorial da revista C-Legenda (do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual da UFF). Integrante do Grupo de Pesquisa CNPq História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação.
lattes: http://lattes.cnpq.br/2442047354028157
Link para o filme Entre imagens (intervalos)
Link para a tese
e-mail: reicar@uol.com.br
Interesses gerais de pesquisa: Cinema e História; Arte, Cultura e Política; História do Cinema Brasileiro; Cinema e Teatro; Dramaturgia
Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:Título: Cinema e contestação durante a ditadura militar brasileira (1964-85): para além dos cânones da resistência
Resumo: Durante as últimas décadas, demarcando uma tendência no campo acadêmico, pesquisas sobre o cinema brasileiro concentraram-se no estudo de algumas expressões fílmicas como epicentro do engajamento cultural contra o autoritarismo presente na ditadura militar ocorrida entre 1964 e 1985. Em decorrência de seleções intelectuais, que passam pelo impacto social das obras artísticas em suas contemporaneidades e/ou pelo prestígio estético que adquiriram no decorrer do tempo, a historiografia dedicou-se, sobretudo, a formular um conceito de resistência cinematográfica vinculado a políticas culturais do Cinema Novo, do Cinema Marginal, do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e dos realizadores em proximidade com o novo sindicalismo existente na passagem dos anos 1970 e 1980. Correntes artísticas heterogêneas – a reunir cineastas, coletivizar pensamentos e propor projetos estéticos específicos para o fazer criativo –, tais casos consolidaram-se nos estudos de história como cânones de contestação às (de)formações conservadoras da sociedade brasileira. Levando-se em consideração que esses marcos culturais tornaram-se objetos recorrentes das investigações intelectuais, com análises eruditas que situam suas historicidades, propostas e contradições, a finalidade central desta pesquisa é mapear outras reações fílmicas à ditadura que até o momento permanecem esquecidas ou posicionadas em segundo plano dentro do universo acadêmico. Por meio de uma ampliação do conceito de resistência, buscando uma heterogeneidade cinematográfica maior do que aquela comumente destacada pelas pesquisas na área audiovisual, a proposta é deslocar-se para fora dos cânones estabelecidos, partindo para o estudo de projetos ainda marginalizados como filmografias de questionamento ao autoritarismo ditatorial. Entre as décadas de 1960 e 1980, foram vários os realizadores que, apartados das políticas culturais centrais de oposição, lançaram-se à criação de obras singulares, por vezes pouco debatidas em seu tempo, que demarcaram posicionamentos críticos contra os ideários conservadores e os aparatos repressivos desencadeados pelo regime militar. A intenção desta pesquisa é investigar a produção de cineastas que não se tornaram cânones do campo cultural, não adquiriram o status de ícones na periodização histórica do cinema brasileiro, mas cujos filmes expressaram atos de repúdio à condição autoritária que atravessou o país. Com isso, pretende-se ampliar a leitura de que a resistência artística do período ditatorial foi marcada por uma multiplicidade difusa de lugares ideológicos, sociais e estéticos. Como ponto de partida, sem refutar a futura inclusão de outros realizadores na pesquisa, a investigação volta-se para o estudo de cineastas como Carlos Bini, Fernando Coni Campos, Hugo Carvana, Luiz Paulino dos Santos e Mário Fiorani.
Palavras chave: Ditadura militar brasileira; Cinema e resistência cultural; Arte, Cultura e Política; História do Cinema Brasileiro; Cinema anticanônico
Artigos publicados
CARDENUTO, Reinaldo. As camadas do despencar no filme A queda, de Ruy Guerra e Nelson Xavier. In. La furia umana, Itália, n. 30, 2017. ISSN 2037-0431.CARDENUTO, Reinaldo. Mais humor, menos política: uma certa tendência no drama contemporâneo brasileiro. In. Varia Historia, Brasil, v. 32, n. 59, p. 293-325, 2016. ISSN 1982.4343.
CARDENUTO, Reinaldo. Dramaturgia de avaliação: o teatro político dos anos 1970. In. Estudos Avançados, Brasil, v. 26, n. 76, p. 311-332, 2012. ISSN 0103.4014.
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Talitha Ferraz
Talitha Ferraz é doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com estágio doutoral na Universidade Nova de Lisboa e pós-doutorado no Centre for Cinema and Media Studies da Ghent University (CIMS-UGent), ambos com apoio da Capes. É professora em regime integral na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-Rio). Atua como líder do GP Modos de Ver (ESPM-PPGCine-UFF/CNPq) e co-coordenadora do HoMER Network – History of Moviegoing, Exhibition and Reception, além de integrar o International Media and Nostalgia Network (IMNN). É autora do livro “A segunda Cinelândia Carioca” (Mórula, 2012) e co-organizadora das obras “Rupturas e insurgências no cinema e audiovisual” (EDUFF, 2024) e “Nostalgias e mídia: no caleidoscópio do tempo” (E-Papers, 2018). Desenvolve pesquisas sobre histórias da exibição e públicos cinematográficos; cinemas de rua e espaço urbano; estudos de memória; nostalgias e tecnostalgia no cinema e audiovisual.
lattes: http://lattes.cnpq.br/6841463408387639
e-mail: talitha.ferraz@gmail.com
interesses gerais de pesquisa
Histórias das salas de cinema e memória dos públicos; Modos de exibição e consumos cinematográficos; Cinema e ativismos socioculturais; Reabertura de salas de cinema; Regimes de espectatorialidade cinematográfica; Estudos de Nostalgia; Cinema e espaço urbano; Cinema e subúrbio.
projeto de pesquisa em andamento (2021-)
Título: (Re)legitimações e devires identitários em práticas de ida ao cinema e na exibição – Tecnostalgia, utopia, escatologia: três propostas analíticas
Resumo: A partir de três propostas analíticas com base nos conceitos de “tecnostalgia”, “utopia” e “escatologia”, este estudo (em fase inicial) tem como objetivo investigar como frequentadores de salas de cinema e exibidores brasileiros, hoje, constroem narrativas em torno da re-legitimação de tais dispositivos como locais autênticos da experiência espetacular audiovisual, em presença da miríade de devires da cultura das telas e de transformações nos modos de acesso, fruição e consumo fílmicos. Buscamos analisar a produção discursiva que tais atores realizam em variadas plataformas online (de redes sociais a websites de projetos recentes voltados para a defesa das salas de cinema) e publicações da imprensa que tratam do recorrente tema da “morte do cinema”. A base metodológica reúne as perspectivas da análise do discurso de Mikhail Bakhtin e Michel Foucault. Para além disso, a pesquisa se valerá de dados sobre mercado exibidor e de narrativas sobre práticas de ida ao cinema coletados em arquivos e entrevistas semiestruturadas. Já a fundamentação teórica, tem como apoio os estudos de Memória e História, os Estudos de Nostalgia, e as perspectivas da New Cinema History e das Histórias de Cinemas.
Palavras-chave: exibição cinematográfica; tecnostalgia; utopia; escatologia; cultura das telas.
publicações
Artigos em periódicos:
FERRAZ, Talitha. Activating Nostalgia: Cinemagoers? performances in Brazilian movie theatres reopening and protection cases. Medien & Zeit, Viena (Áustria), v. 4, p. 72-82, 2017.
FERRAZ, Talitha. As potências da “nostalgia ativa” na luta pela salvaguarda do Cine Vaz Lobo. Revista ECo-Pós, Rio de Janeiro, v. 20, p. 111-133, 2017.
FERRAZ, Talitha. Os lugares e os fôlegos do cinema na cidade invicta (Resenha). Imagofagia, Buenos Aires (Argentina), v.10, p.6, 2014. Disponível em: http://www.asaeca.org/imagofagia/sitio/index.php?option=com_content&view=article&id=458%3Acinematographo-em-nichteroy-historia-das-salas-de-cinema-de-niteroi&catid=56%3Anumero-10&Itemid=183
FERRAZ, Talitha; VIEIRA, João Luiz. O rosto e a vida da sala de cinema na Lisboa do século XX – Resenha. Significação-Revista de Cultura Audiovisual, São Paulo, v.40, p.279, 2014. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/71685/74801
FERRAZ, Talitha. Os cinemas de Lisboa no século XX (Entrevista com Margarida Acciaiuoli). Revista Eco-Pós, Rio de Janeiro, v.16, p.129, 2014. Disponível em: http://www.pos.eco.ufrj.br/ojs-2.2.2/index.php?journal=revista&page=issue&op=view&path%5B%5D=53&path%5B%5D=showToc
CAIAFA, Janice; FERRAZ, Talitha. Comunicação e sociabilidade nos cinemas de estação, cineclubes e multiplex do subúrbio carioca da Leopoldina. Galáxia, São Paulo, v.12, p.127 – 140, 2012. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/10374
SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha. Quando o cinema é a maior sofisticação: experiências sensíveis, desejo e práticas de consumo nas salas exibidoras de luxo do Rio de Janeiro. Contracampo, Niterói, v.24, p.249 – 265, 2012. Disponível em: http://www.uff.br/contracampo/index.php/revista/article/view/219/114
Entre arquiteturas e imagens em movimento: cinemas, corporeidades e espectação cinematográfica na Tijuca. Revista Logos, Rio de Janeiro, v.17, p.43 – 55, 2010. Disponível em: http://www.logos.uerj.br/PDFS/32/04_logos32_ferraz_textoarquiteturas.pdf
O cinema sai da rua para o último piso: sociabilidades, exibição e espectação cinematográficas no espaço urbano da Tijuca. Revista Lumina, Juiz de Fora v.3, p.13, 2009. Disponível em: http://www.ppgcomufjf.bem-vindo.net/lumina/index.php?journal=edicao&page=article&op=view&path[]=89
Artigos na mídia especializada:
FERRAZ, Talitha. Casulos, história do cinema e sentido de coletividade em meio à Covid-19. Revista Exibidor, 3 Jul. 2020. Disponível em: https://www.exibidor.com.br/artigo/95-casulos-historia-do-cinema-e-sentido-de-coletividade-em-meio-a-covid-19
Capítulos em livros/ ebooks:
FERRAZ, Talitha. As potências criativas da sala de cinema: pesquisas sobre histórias e memórias das salas de exibição e audiências cinematográficas. In: Marta de Araújo Pinheiro; Monica Machado (Org.). Recortes do contemporâneo: mediações socioculturais. 1ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2020. p. 134-153. Disponível em: https://play.google.com/books/reader?id=yuD8DwAAQBAJ&hl=pt&pg=GBS.PP1.w.8.0.0
FERRAZ, Talitha; ALVIM, Luiza; LUSVARGHI; Luiza; BUTCHER, Pedro. O Fim do Cinema? A Reconfiguração do Circuito Cinematográfico sob a Pandemia. In: Nair Prata; Sônia Jaconi; Genio Nascimento (Org.). Desafios da comunicação em tempo de pandemia: um mundo muitas vozes. 1ed. São Paulo: Intercom, 2020. p. 316-338. Disponível em: http://www.portcom.intercom.org.br/ebooks/detalheEbook.php?id=57181
FERRAZ, Talitha. Narrativas da impermanência: história, memória e nostalgia em filmes sobre cinemas. In: Rafael Tassi; Sandra Fischer. (Org.). Espacialidades e Narrativas Audiovisuais. 1ed. Curitiba: Appris, 2019, v. 1. Disponível em: https://play.google.com/books/reader?id=cvfcDwAAQBAJ&hl=pt-BR&printsec=frontcover&pg=GBS.PT11
FERRAZ, Talitha. Cine Centímetro: Memories and Cinemagoing Practices in an MGM Replica Cinema in the Rio de Janeiro Countryside. In: Daniela Treveri Gennari; Danielle Hipkins; Catherine O’Rawe. (Org.). Rural Cinema Exhibition and Audiences in a Global Context. 1ed. Londres: Springer International Publishing, 2018, v. 1, p. 339-355.
FERRAZ, Talitha; CURI, Pedro. Ida ao cinema, nostalgia(s) e memorabilia: ensaio sobre uma triangulação. In: Lucia Santa Cruz; Talitha Ferraz (Org.). Nostalgias e mídias: no caleidoscópio do tempo. 1ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. p.117-134.
SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha. Introdução – A propósito da nostalgia. In: Lucia Santa Cruz; Talitha Ferraz (Org.). Nostalgias e mídias: no caleidoscópio do tempo. 1ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. p.5-11.
Livros (autoria e organização):
SANTA CRUZ, Lucia; FERRAZ, Talitha (Org.) Nostalgias e mídia: no caleidoscópio do tempo. 1. ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2018. v. 1.
FERRAZ, Talitha. A segunda Cinelândia Carioca. 2ed. Rio de Janeiro: Mórula, 2012.
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Wilson Oliveira Filho
Wilson Oliveira Filho é Doutor em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2014), com estágio doutoral na Universidade de Chicago, sob supervisão de Tom Gunning. Realizou pós-doutorado na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também fez o mestrado e foi professor substituto. Desde 2005, é professor na UNESA, nos cursos de graduação em Cinema, Produção Fonográfica e Jornalismo. Na mesma universidade, coordenou o Bacharelado em Cinema e desenvolveu o projeto de extensão “A Sala de Cinema no Campus João Uchôa”. É autor de “McLuhan e o Cinema” (Verve, 2017) e “Cinema (ao vivo) e Memória” (Circuito, 2023 – com edital de Editoração da FAPERJ). Membro da Media Ecology Association e da Socine. Visiting Scholar na Universidade de Yale (2024/2025), com bolsa da Comissão Fulbright. Artista multimídia no DUO2x4, criado com Márcia Bessa. Pesquisa o cinema expandido, novas teorias das mídias e as relações entre cinemas experimentais, natureza e o contemporâneo.
email: wilsonoliveirafilho@yahoo.com.br
Interesses gerais de pesquisa: Cinema experimental; Cinema expandido; Pós-cinemas e transcinemas; Cinema e arqueologia das mídias; Cinema e ecologia das mídias; Cinema e questões curatoriais; Interfaces entre cinema e arte contemporânea; Novas tecnologias e artemídia. Cinemas e materialidade dos meios.
Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Cinemas expandidos e teorias da mídia: Espectatorialidades, arqueologia e ecologia dos meios nas atrações audiovisuais contemporâneas
Resumo: A expressão de Gene Youngblood cinema expandido (expanded cinema) vem sendo problematizada na nova configuração do audiovisual. Esse projeto parte da tentativa de aliar uma reflexão sobre essas novas expansões a partir da compreensão de teorias da mídia e novas concepções teóricas do cinema com ênfase nas espectatorialidades e nas atrações para compreender como desse cinema expandido como o gif animado, a glitch art entre outras práticas dialogam com seus correlatos analógicos. Outros exemplos audiovisuais, em especial aqueles situados na fronteira entre arte e mídia, repensam e estendem o cinema. Partindo do entendimento de uma nova ambiência ou ecologia midiática para o cinema e a reflexão deste como arqueologia dos meios, o audiovisual expandido digitalmente remonta ao “cinema de atrações” ao mesmo tempo que precisa lidar com os bancos de dados, a inteligência artificial e novos temas para a espectação (a interação, a imersão) e para a exibição (mudanças no lócus da projeção, questões curatoriais) do que ainda segue sendo entendido como cinema. Em tempos de permanente hibridação entre meios que parece elevar a uma nova potência a sétima arte, o campo expandido nos mostra que realidade virtual, videoinstalações, cinema de museu, live cinema e experiências audiovisuais na web mostram que o cinema sempre sobrevive, sobretudo ao se prolongar midiaticamente.Palavras chave: Cinema Expandido; Ecologia das mídias; Arqueologia das mídias; Cinema de atrações. Espectatorialidades.
Artigos publicados
OLIVEIRA, Wilson Filho. McLuhan, mídia e materialidade: Estendendo o cinema experimental. REVISTA TRAMA, v. 10, p. 141-153, 2020. Disponível em: http://periodicos.estacio.br/index.php/trama/article/view/10135/47968116OLIVEIRA, Wilson Filho; Sousa, Marcia Cristina da Silva . Atrações do cinema (de rua): multiusos, variedades e inovações. In: XXIII Socine: Preservação e memória hoje, 2019, Porto Alegre. ANAIS do Encontro 2019 da SOCINE. São Paulo: Socine, 2019. v. 1. p. 1231-1235. Disponível em: https://www.socine.org/wp-content/uploads/anais/AnaisDeTextosCompletos2019(XXIII).pdf
OLIVEIRA, Wilson Filho. PARENTE, André . Sobrevidas repetidas das imagens: Os gifs como séries, atrações e extensões. REVISTA ECO-PÓS (ONLINE), v. 21, p. 294-312, 2018. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/1014l
Colaboradores
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Gabriel Cruz
Gabriel Cruz é doutor em Design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) (2017), com Mestrado em Design (PUC-Rio, 2013), especialização em Cinema de Animação (PUC-Rio, 2005) e graduação em Desenho Industrial – Habilitação em Comunicação Visual (PUC-Rio, 2003). Membro do corpo editorial da revista acadêmica Intersítcios sobre arte sequêncial. Professor do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Membro fundador do Seminário Brasileiro de Estudos em Animação (SEANIMA) e do Prêmio LeBlanc, organizado pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFF, Instituto Federal do Rio de Janeiro e Universidade Veiga de Almeida. Tem experiência nas áreas de Design e Cinema, com ênfase em Animação.
lattes: http://lattes.cnpq.br/3149875776374582
e-mail: gabrielfilipecruz@id.uff.br
Interesses gerais de pesquisa: Linguagem da animação, Desenvolvimento de ambientes imersivos, Realidade Virtual, Narrativas Visuais transdisciplinares,
Intermídias, Cultura Pop, e desenvolvimento de projetos educacionais através do audiovisual.Resumo do Projeto de pesquisa em andamento:
Título: Produção de filmes imersivos em espaços não formais de ensino-aprendizagem.
Resumo: Este projeto pretende propor um caminho para a produção de filmes imersivos com fins educacionais. Na Narrativa Animada, qualquer universo ou situação pode ser criado. Objetos e conceitos inanimados ou abstratos podem ganhar vida: tremas podem se rebelar contra a nova reforma ortográfica; novos Deuses podem tentar juntar os continentes numa nova Pangeia; personagens históricos podem viajar pelo tempo; mágicos podem dar vida a personagens famosos da literatura e colocá-los em universos novos; átomos podem procurar fazer amizade com outros elementos no pátio de uma escola elementar e assim por diante. Não existem limitações para o que pode ser contado e mostrado através da animação, o que potencializa o uso desta linguagem na produção de narrativas fantásticas aliadas ao conteúdo educacional.
E uma das hipóteses desse trabalho pode partir de um tipo de produção muito peculiar: a mídia imersiva através dos espaços de projeção Full Dome e em Realidade Virtual. O primeiro ponto positivo desse sistema é a ampliação tanto das possibilidades a serem exploradas pela ferramenta como também a imersão do jovem ao conteúdo da narrativa.
Um outro ponto positivo é o fato de podermos pensar em explorar ideias e produções com conteúdo mais local. Boa parte das produções disponíveis foram pensadas e projetadas para o público localizado no Hemisfério Norte (grande parte nos Estados Unidos e Europa), muitas vezes se perde a possibilidade de explorar a cultura local como a Fauna Latino-Americana ou o céu do Hemisfério Sul (neste segundo caso, ampliamos também as possibilidades de um pensar em produtos que podem ser exportados para outros Planetários do Hemisfério Sul, como na Austrália, por exemplo).
Além do uso destes espaços sociais, essa produção poderá ser explorada de outra forma, através do uso da experiência com os óculos de realidade virtual. Inicialmente com testes mais comuns em jogos de basquete ou apresentações musicais, a popularização e o barateamento desse tipo de mídia como por exemplo, na produção de cardboards de papelão, tem proporcionado inúmeras experiências como a Homenagem animada da Google ao Cineasta George Meliés em seu Doodle de Maio de 2018. Com isso, o projeto também tem como objetivo refletir as diferenças da experiência de um filme imersivo visto pela tela Fulldome da experiência do mesmo visto pelo Óculos de VR.
Palavras chave: Animação educativa, Mídias Imersivas, Realidade Virtual, Fulldome.
Artigos publicados:
CRUZ, Gabriel F. S.; COUTO, Rita Maria de Souza ; RIBEIRO, Flavia Nízia Fonseca . Brinquedos óticos ensinando design: a evolução de uma atividade. Diálogo com a economia criativa, v. 4, p. 108, 2019. Disponível em http://dialogo.espm.br/index.php/revistadcec-rj/article/view/214 – último acesso em 12
de janeiro de 2022. Doi: http://dx.doi.org/10.22398/2525-2828.411108-127CRUZ, Gabriel F.S.; SOUZA, Katia. Maria. ; Spada, Daniele . A Animação Stop Motion como atividade interdisciplinar em cursos de Design. In: 13º Congresso
Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2019, Joinville. Blucher Design Proceedings. São Paulo: Editora Blucher, 2018. v. 6. p. 425-435. Disponível em
https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/29931 . Ultimo acesso em 12 de janeiro de 2022. Doi: 10.5151/ped2018-2.1_ACO_4CRUZ, Gabriel F S; NOVAES, Luiza ; COUTO, Rita Maria de Souza . Desenvolvendo narrativas animadas na educação: A jornada de um designer animador. In: 11º
Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 2014, Gramado. Anais do 11º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design. p. 1540. Disponível em https://www.proceedings.blucher.com.br/article-details/12759. Ultimo acesso em 12 de janeiro de 2022. Doi: 10.5151/designpro-ped-00779