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Pós-doutorados concluídos

  • Marcelo Rodrigues Souza Ribeiro Projeto: Cosmopoéticas do comum nos cinemas africanos: o filme 25 (1975-1977), de Celso Luccas e José Celson Martinez Corrêa, como encruzilhada

    Período do desenvolvimento:
    01/08/24 - 31/01/25

    Supervisor(a):
    Lúcia Ramos Monteiro

    Resumo do projeto:

    No contexto da história inicial dos cinemas africanos, entre as décadas de 1950 e 1970, e de sua associação múltipla com a luta anticolonial e os processos de des-colonização, este projeto aborda os enquadramentos coletivos variáveis inscritos e mobilizados no filme 25 (1974-1976), de Celso Luccas e José Celso Martinez Corrêa. Situando-se no contexto do processo de independência de Moçambique, este estudo corresponde a um plano de trabalho de 6 meses, em estágio pós-doutoral na Universidade Federal Fluminense, de 1º de agosto de 2024 a 31 de janeiro de 2025 (6 meses), como parte de pesquisa mais ampla sobre diferentes contextos de emergência dos cinemas africanos pós-coloniais. Considerando as possíveis aproximações entre o filme 25 e outros filmes de cineastas brasileiros em torno da independência de Moçambique, como Estas são as armas (1978), de Murilo Salles, e Plantar nas estrelas (1978), de Geraldo Sarno, entre outros, assim como outras experiências cinematográficas e audiovisuais moçambicanas no pós-independência envolvendo cineastas estrangeiros, como aquelas de Jean Rouch com o Super-8 e de Jean-Luc Godard com a televisão, pretendo situar o filme 25 em perspectiva comparada, para elaborar uma análise do modo como Luccas e Corrêa articulam suas filmagens em 16mm com trechos de cinejornais, registros da televisão portuguesa, filmes coloniais de ficção, músicas e filmes associados à luta anticolonial em diferentes contextos históricos, entre outros materiais. Meu principal objetivo é identificar e caracterizar os enquadramentos coletivos variáveis com os quais o filme está relacionado, entendendo-os como cosmopoéticas do comum em disputa e confrontação (variavelmente definidas em termos nacionalistas, pan-africanistas, socialistas e outros). Dessa forma, proponho compreender o filme 25 como encruzilhada, tanto em sua condição de produto que assume uma configuração estética singular, quanto em sua condição de processo que permanece aberto a múltiplas reconfigurações, a cada releitura.

    Palavras-chave: História do cinema, cinemas africanos, cinemas transnacionais, cosmopoéticas, Celso Luccas, José Celso Martinez Corrêa (Zé Celso)

  • Wenceslao Machado de Oliveira Júnior Projeto: Cartografia dos afetos cinematográficos no lugar-escola de educação infantil: entre o humano e o não humano, entre o registro e a arte

    Período do desenvolvimento:
    01/02/22 - 31/07/22

    Supervisor(a):
    Cezar Migliorin

    Resumo do projeto:

    Este Projeto é um desdobramento do Projeto de pesquisa e extensão “Lugar-escola e cinema: afetos e metamorfoses mútuas” e está articulada em torno de cinco grandes eixos. O primeiro deles, mais empírico, é a grande quantidade de materiais gerada pela coordenação e acompanhamento, durante os dois últimos anos, do referido Projeto, realizado com seis bolsistas profissionais da educação infantil de duas escolas públicas na periferia da cidade de Campinas-SP (mais de 150 pequenos filmes, arquivo com centenas de filmagens não utilizadas, diários de campo de cada um dos sete integrantes – cinco mulheres e dois homens, cartas trocadas entre as/os bolsistas e integrantes do “Programa Cinema e Educação” da SME-Campinas, gravações de reuniões semanais realizadas no google meet durante o período da “escola fechada”, centenas de mensagens no grupo de whatsapp “Cineclube Regente/Cha”, cartografias dos afetos do conjunto de filmagens realizadas por adultos e crianças, ensaios e artigos acadêmicos publicados – muitos deles em coautoria com as/os bolsistas, três relatórios gerais e doze relatórios individuais, etc). Outros três eixos, mais conceituais, buscam dar sustentação e continuidade às análises e cartografias que já foram realizadas durante o “Projeto Lugar-escola e cinema” a partir de conceitos e autores/as que se amparam em maior ou menor grau nas Filosofias da Diferença, especialmente o conceito de lugar da geógrafa Doreen Massey (encontro aberto entre uma constelação singular de trajetórias heterogêneas humanas e não humanas); para além dele, nos ampararam as proposições sobre a importância do entorno na composição do “humano de espécie” de Fernand Deligny, os “corpos-câmera” de César Leite, a defesa da escola como “espaço e tempo livres” de Jan Masschelein e Maarten Simons, as proposições sobre “comunidade de cinema” de César Guimarães e os dispositivos de criação de imagem de Cezar Migliorin. Estes dois últimos amparos, a “comunidade” e os “dispositivos”, vêm sendo desdobrados nos recentes estudos e experimentações sobre/com “cinema de grupo” realizados pelos integrantes do Kumã- Laboratório de Pesquisa e Experimentação em Imagem e Som, os quais se configuram como o segundo eixo do Projeto que aqui se propõe, visando focar nos “afetos cinematográficos” das trajetórias humanas (Massey, 2008) que compuseram/compõem o lugar-escola específico onde se situou o Projeto “Lugar-escola e cinema”: o quarteirão do bairro Vila Boa Vista onde se situam as escolas Regente Feijó e Cha Il Sun. O terceiro eixo é um desdobramento das proposições de Doreen Massey e Fernand Deligny sobre a vida/vivacidade das trajetórias/presenças não humanas no lugar/entorno e será composto pelo estudo e utilização conceitual das filosofias ameríndias – especialmente as ideias para adiar o fim do mundo presentes nas falas e escritos de Ailton Krenak e as ideias para evitar a queda do céu presentes nas proposições de Davi Kopenawa – para pensar os “afetos cinematográficos” das trajetórias não humanas que também compõem o mesmo lugar-escola. O quarto, não menos importante, será composto pelos estudos sobre “documentação pedagógica na educação infantil”, um campo que aponta para conexões instigantes entre registros e arte na proliferação de novas práticas educativas, docentes e discentes, neste nível da educação básica. O quinto eixo da pesquisa retoma o acompanhamento empírico em escolas de educação infantil, com novas experimentações com cinema a partir dos dispositivos de criação de imagens (e sons) pautados na intensificação do devir em comum – acabar juntos! – e dos afetos não humanos como forças de criação de um cinema que participe da experimentação de práticas educativas e modos de vida em que o heterogêneo, os outros, humanos e não humanos, proliferem e vivifiquem a escola, o cinema e a infância. Desta forma, pretende-se atuar em dois “problemas” da educação contemporânea: 1. a constituição do comum como uma comunidade (dissensuada) de cinema, tendo em vista uma sociedade cada vez mais democrática e plural e 2. a valorização das outras formas de vida que compõem o planeta (e a cidade) tanto quanto a vida humana, tendo em vista a constituição de uma sociedade cada vez mais sensível a formas de vida mais sustentáveis ambientalmente.

    Palavras-chave: Lugar-escola; Cinema de grupo; Dispositivos de criação de imagens; Educação infantil.

  • Itamar de Morais Nobre Projeto: Fotografia documental, epistemologias do Sul e decolonialidade

    Período do desenvolvimento:
    01/03/23 - 31/12/23

    Supervisor(a):
    Marina Cavalcanti Tedesco

    Resumo do projeto:

    Propõe-se discutir a fotografia documental a partir dos conceitos de Epistemologias do Sul, contra-hegemonia, decolonialidade e como ativismo no campo político-social-cultural-acadêmico; Refletir sobre as memórias visuais e as experiências vivenciadas como documentarista dos movimentos político-socio-culturais do teatro de rua, no Rio Grande do Norte entre 1990 e 1995 e como pesquisador acadêmico sobre o tema da religiosidade como manifestação popular, sobre romeiros, romarias e ex-votos, em Canindé/CE, iniciado em 2016, ainda com registros a serem feitos em 2023; e discutir sobre as consequências do desenvolvimento tecnológico na produção de conteúdo fotográfico documental, e seus reflexos na relação operator-referente, linguagem e métodos de abordagens. A proposta visa uma interação entre pesquisadores e grupos de pesquisas da UFRN e UEPB, quais sejam: o grupo de Pesquisa Ecomsul: Epistemologias e Práticas Emergentes e Transformadoras em Comunicação, Mídias e Cultura/UFRN e o Grupo de Pesquisa e o Grupo de Pesquisa Cinematografia, Expressão e Pensamento/UFF. Metodologicamente será utilizada a Fotocartografia sociocultural, aliada a documentação fotográfica, acervos de fotografias já existentes e pesquisa bibliográfica. Justificamos a relevância deste projeto de investigação pelo caráter acadêmico e histórico, tendo em vista que os dados compilados na pesquisa servirão como referenciais para aulas na graduação e na pós-graduação, especialmente nos campos epistemológicos em que se insiram as discussões sobre os estudos pós-coloniais e a fotografia, a contra-hegemonia e as Epistemologias do Sul.

    Palavras-chave: fotodocumentário, fotoativismo; Contra-hegemonia; epistemologias do sul; decolonialidade.

  • Luciana Sá Leitão Corrêa de Araújo Projeto: As primeiras décadas na trajetória de Luiz de Barros: estratégias intermidiáticas e diálogos com o cinema estrangeiro

    Período do desenvolvimento:
    Junho de 2021 a Maio de 2022

    Supervisor(a):
    Rafael de Luna Freire

    Resumo do projeto:

    Este projeto se propõe a investigar o período inicial da extensa carreira de Luiz (Lulu) de Barros, entrelaçando dois eixos principais: as relações intermidiáticas envolvendo sobretudo cinema e espetáculos de palco, notadamente o teatro de revista; e os diálogos com a produção cinematográfica estrangeira, tanto da Europa quanto dos Estados Unidos. A pesquisa irá abranger desde sua formação em pintura decorativa, que ocorre na Europa antes da Primeira Guerra, até seus primeiros filmes sonoros pela produtora Sincrocinex, na virada entre as décadas de 1920 e 1930, quando incorpora aos filmes diversos elementos de sua experiência nos palcos. A proposta é desenvolver a pesquisa
    dentro de uma perspectiva intermidiática, que ao invés de isolar as atividades cinematográficas procura compreendê-las em sua estreita relação com o circuito do entretenimento como um todo, no qual estão inseridas. Neste sentido, pretende-se abordar as atividades de Luiz de Barros não só como cineasta mas sobretudo enquanto  homem de espetáculo.

    Palavras-chave: Luiz de Barros; cinema; teatro; intermidialidade

  • Adriano Medeiros da Rocha Projeto: A constituição do herói no cinema brasileiro contemporâneo

    Período do desenvolvimento:
    25/08/2022 a 25/08/2023

    Supervisor(a):
    Fabian Rodrigo Magioli Nunez

    Resumo do projeto:

    A pesquisa procurou conhecer o processo constitutivo do herói representado pela cinematografia brasileira das últimas décadas. Um herói que, em última instância, também pode representar uma forma de identidade ou reconhecimento do próprio povo brasileiro dentro de um determinado recorte temporal e espacial. A aproximação deste objeto para com o cinema brasileiro começa a ser estabelecida a partir do momento em que se debruça sobre a delimitação de identidade e diferença. Através dessa conceituação buscou-se perceber aspectos da identidade cultural deste país, bem como a aplicação daquilo que Darcy Ribeiro definiu como brasilianidade. Para amparar a análise fílmica, foram evidenciados aspectos da própria linguagem cinematográfica, da observação semiológica e das formas de discurso. A análise de conteúdo considerou alguns elementos narrativos fundamentais, como espaço, ambientação e personagem. Como objetos de estudo, foram selecionadas três obras cinematográficas, ficcionais, de longa duração que possuem alguma forma de difusão nacional, atingindo uma fatia significativa de público. Os filmes selecionados estão contidos no período conhecido como Retomada.

  • Elis Crokidakis Castro Projeto: A cidades reais e as cidades imaginárias do cinema: seus personagens e suas questões

    Período do desenvolvimento:
    A partir de 2020 até 2021

    Supervisor(a):
    Mauricio Bragança

    Resumo do projeto:

    O projeto visa problematizar e estabelecer as intrínsecas relações entre o espaço físico da cidades reais e imaginárias e o espaço afetivo da memória e da criação através da fotografia e do cinema.

    Palavras-chave: Cidades, fotografia, cinema, memória

  • Mauro Giuntini Viana Projeto: Cinema transnacional brasileiro contemporâneo e América Latina: diferenciais e conexões narrativas

    Período do desenvolvimento:
    01/08/2020 a 31/07/2021

    Supervisor(a):
    João Luis Vieira

    Resumo do projeto:

    Film studies; Cinema brasileiro; Cinema latino-americano; Cinema contemporâneo; Globalização

  • Patrícia Furtado Mendes Machado Projeto: Niterói em imagens: repositório digital de fotografias e filmes.

    Período do desenvolvimento:
    Janeiro 2021 a janeiro de 2023

    Supervisor(a):
    Rafael de Luna Freire

    Resumo do projeto:

    O projeto consistirá na coordenação de criação de um portal na internet para a difusão de registros fotográficos e audiovisuais, de caráter histórico, da cidade de Niterói. Trabalharemos em equipe com a reunião, catalogação e acesso à iconografia de Niterói em formato digital. Será uma forma de dar visibilidade e acesso público e gratuito às imagens de diferentes acervos e, especialmente, do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (LUPA-UFF).

  • Vinicios Kabral Ribeiro Projeto: Vida-lazer: as promessas de futuros no cinema brasileiro e nas Artes Visuais

    Período do desenvolvimento:
    05/01/2022 a 05/01/2023

    Supervisor(a):
    Mariana Baltar

    Resumo do projeto:

    O tema dessa pesquisa é um desdobramento e uma continuidade da minha tese de doutoramento. Defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e intitulada “Vida-lazer: respostas sensíveis do cinema brasileiro ao espírito do tempo”. Para a estágio de pós-doutorado, buscarei outras perguntas: como pensar uma vida-lazer e um futuro comum em um contexto marcado pela intensificação da desigualdade social, acirramento do fascismo, racismo, trans-homo-lesbofobia, patriarcado e desigualdades de gênero? Como, sobretudo, sobreviver ao projeto de colonização ainda vigente em nosso território? Se o pós-colonial é uma ficção, quais as estratégias de resistir e existir no contemporâneo e sonhar o futuro? O problema dessa pesquisa se localiza nas formas de imaginação e as potências estéticas no campo das artes visuais e no cinema. Investigar as proposições fílmicas e artísticas dissidentes, interseccionais, que se colocam como maneiras de habitar e sonhar uma vida-lazer no presente e no futuro, em uma sociedade marcada pelo conservadorismo e a herança colonial.

    Palavras-chave: vida-lazer; estudos decoloniais, cinemas e artes visuais; cinema brasileiro e sexualidade.

  • Elena Welper Projeto: “Nas florestas virgens do Amazonas”: imagens da Amazônia e protagonismo feminino no cinema documental da República de Weimar (1919-1933)

    Período do desenvolvimento:
    01/01/22 - 31/12/22

    Supervisor(a):
    Karla Holanda

    Resumo do projeto:

    Esta pesquisa terá como objeto de estudo o filme Urwald symphonie/In der Grünne Hölle (1931). A partir dele perseguiremos dois objetivos gerais: (1) revelar a atuação pioneira de uma cineasta mulher na Amazônia (2) aprofundar o conhecimento sobre a produção de documentários alemães nesta região durante a República de Weimar (1919-1933). A
    pesquisa fundamentar-se-á na análise fílmica, mas também na investigação bibliográfica e documental.

  • Diego Brotas Projeto: Design de Som como representação de experiências, estéticas e políticas na história do cinema

    Período do desenvolvimento:
    05/04/2022 a 05/04/2023

    Supervisor(a):
    Fernando Morais da Costa

    Resumo do projeto:

    A definição conceitual acerca do design de som no cinema tem se mostrado muito diversa e imprecisa. A partir de sua origem etimológica anglófona, sound design, engloba uma série de práticas, dentre elas uma etapa de pós-produção, efeitos sonoros pontuais, trilha sonora, diálogos, silêncios e uma metodologia. Analisar um trabalho de design de som no cinema, entretanto, corresponde também uma série de representações culturais, políticas e estéticas. Este projeto de pesquisa visa abordar a evolução do design de som na história do cinema, suas diferentes acepções e práticas metodológicas, analisar seus contextos espaciais e temporais específicos, como também seu desenvolvimento no cinema brasileiro e latino-americano.

  • Danielle Parfentieff de Noronha Projeto: O Coletivo é Político: O papel dos coletivos contemporâneos de mulheres na (re)configuração das imagens e sons do cinema e audiovisual brasileiros

    Período do desenvolvimento:
    01/9/2021 a 31/12/2023

    Supervisor(a):
    Karla Holanda

    Resumo do projeto:

    Este projeto pós-doutoral tem o objetivo de entender a organização dos coletivos de mulheres do audiovisual brasileiro e refletir sobre os modos como estão tensionando para
    reconfigurar as equipes e a produção das imagens e sons que são produzidos no país. A partir da premissa que o cinema e audiovisual comerciais são majoritariamente produzidos por homens brancos, localizados principalmente no eixo Rio-São Paulo, e, nesse sentido, grande parte das imagens que são (re)produzidas parte desse ponto de vista, busco compreender como a lógica coletiva fomenta os debates sobre a importância da pluralidade na produção cinematográfica, bem como entender como essa estratégia do coletivo possibilita mudanças práticas nas vidas das profissionais, compreendendo o coletivo na sua dimensão artística, política e estratégica, que pode alterar tanto a forma quanto o conteúdo das práticas audiovisuais e cinematográficas.

    Palavras-chave: Audiovisual. Coletivo. Cinema. Mulheres.

  • Thalita Cruz Bastos Projeto: Niterói em imagens: repositório digital de fotografias e filme

    Período do desenvolvimento:
    18 meses

    Supervisor(a):
    Rafael de Luna Freire

    Resumo do projeto:

    “Niterói em imagens” consiste no desenvolvimento e criação de um portal na internet para a difusão de registros fotográficos e audiovisuais, de caráter histórico, da cidade de Niterói. Trata-se de um repositório para reunião, catalogação e acesso à iconografia de Niterói em formato digital, registrando as mudanças, transformações e intervenções na
    paisagem natural e urbana da cidade. Será uma forma de dar acesso público, gratuito e contextualizado, mas com qualidade, segurança e legalidade, às imagens e filmes do acervo de diferentes arquivos, instituições e colecionadores, especialmente o do Laboratório Universitário de Preservação Audiovisual da Universidade Federal Fluminense (LUPA-UFF) – iniciativa pioneira no Brasil de preservação de filmes amadores fluminenses –, mas também de outros departamentos e setores da UFF, da Prefeitura de Niterói e de outras instituições parceiras.

    Além de conter imagens fixas e em movimento, o portal também irá mapear a cultura audiovisual de Niterói, localizando e contextualizando filmes e materiais audiovisuais que registraram Niterói, além de locais onde funcionaram e ainda funcionam salas de cinema, cineclubes e escolas de cinema e fotografia, registrando a memória desses espaços de
    produção, ensino, exibição e reflexão.

  • Ana Rosa Marques Araújo Teixeira Projeto: O ensaio como campo de formação estética e política

    Período do desenvolvimento:
    01/02/2023 a 31/01/2024

    Supervisor(a):
    Elianne Ivo

    Resumo do projeto:

    A proposta desse projeto é pensar o ensaio audiovisual como um espaço formativo estético-político a partir da análise de algumas obras ensaísticas e seus processos criativos produzidas por estudantes do curso de cinema e audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. A análise será articulada à uma discussão fundamentada em autores que investigam o ensaio, as imagens de arquivo e a montagem. O ensaio é um terreno do audiovisual propício à experimentação formal e que enseja reflexões a partir de experiências ou memórias pessoais. Nesse sentido, para esses estudantes, a realização dessas obras, além de ser campo de aprendizagem técnico-artística, é também um processo de conhecimento, pois pela via do ensaio, os estudantes exprimem ou constroem subjetividades e pensamento.

    Palavras-chave: ensaio, montagem, imagens de arquivo, estudantes

  • Márcia Cristina da Silva Sousa (Márcia Bessa) Projeto: “A continuísta entra em cena: o primeiro livro técnico de continuidade cinematográfica brasileiro ”

    Período do desenvolvimento:
    05/04/2021 - 04/03/2022

    Supervisor(a):
    Elianne Ivo Barroso

    Resumo do projeto:

    Este projeto propõe um estudo sistematizado para redação e lançamento de publicação inédita na área do cinema brasileiro: um manual técnico de continuidade. Ressaltamos que esta função da equipe técnica é pouco ou nada conhecida fora do meio cinematográfico e audiovisual. De um ponto de vista mais amplo, pensamos em preencher uma lacuna na literatura técnica e estética do cinema nacional. Pretendemos igualmente que este estudo venha contribuir para o ensino do audiovisual e para a formação de espectadores atentos ao papel da(o) continuísta no processo de realização fílmica.

  • Virginia Osorio Flôres Projeto: Alberto Cavalcanti e as bases para um desenho sonoro

    Período do desenvolvimento:
    30/01/2020 – 30/12/2020

    Supervisor(a):
    Elianne Ivo Barroso

    Resumo do projeto:

    O presente projeto busca aprofundar e resgatar o trabalho que Alberto Cavalcanti realizou com o som desde seus primeiros filmes sonoros, em especial durante sua fase no General Post Office – Film Unit – GPO (1934 a 1940), na Inglaterra, demonstrando seu pioneirismo com relação ao tema do desenho sonoro.

    O conceito de desenho sonoro cresceu no final dos anos 1970, proposto por Walter Murch, se disseminou por várias cinematografias e hoje domina largamente a prática e, com algum destaque, a teoria do som cinematográfico.

    Na outra ponta do nosso tema de investigação, apesar de diacrônico em relação ao desenho sonoro como proposto hoje, está o trabalho de Alberto Cavalcanti (1897 – 1982).

    Homem moderno que, mesmo tendo iniciado sua carreira durante o cinema desprovido da tecnologia para o som, nunca se recusou a pensar e a usar seus recursos, percebendo a importância e as possibilidades artísticas deste elemento, tendo deixado inúmeras contribuições para as bases de um desenho sonoro como desenvolvido, compreendido e concebido em nossos dias enquanto conceito.

    Para o desenvolvimento da pesquisa partimos de duas hipóteses principais. A primeira hipótese é a de que as vanguardas cinematográficas, que privilegiavam o cinema como arte, influenciaram os métodos e as criações de trilhas sonoras desenvolvidos por Cavalcanti e trouxeram uma marca bastante pessoal, inusitada e poética, no que diz respeito à forma e à estrutura. A segunda é a de que Cavalcanti foi pioneiro na questão de um projeto sonoro para filmes, já que conseguiu resultados reconhecidos como inovadores, lembrando que estes trabalhos se deram no início do período sonoro do cinema (filmes do GPO), e que as técnicas vigentes de gravação, edição e mixagem no período não contribuíam para uma clareza da trilha sonora.

  • Guilherme Maia de Jesus Projeto: Cadências do samba em filmes brasileiros modernos e contemporâneos

    Período do desenvolvimento:
    18/02/2019 a 17/02/2020

    Supervisor(a):
    João Luiz Vieira

    Resumo do projeto:

    Com base em resultados de pesquisa recente sobre os musicais cinematográficos latino-americanos de ficção, ora em fase de conclusão, parte-se aqui do pressuposto de que a ligação do tango com o cinema argentino e a do samba com o cinema brasileiro são fenômenos de naturezas muito distintas. Tendo a relação entre tango e cinema na Argentina como matriz paradigmática, o projeto pretende, por meio de pesquisa em bancos de dados, análise imanente de obras e uma revisão do estado da arte sobre as relações entre canção popular e cinema, mapear as dinâmicas expressivas e simbólicas do samba no cinema brasileiro, nos contextos moderno (Cinema Novo e Cinema Marginal) e contemporâneo.

  • Erly Milton Vieira Junior Projeto: Sujeitos cinestésicos, visualidades hápticas e ressonâncias carnais: Excesso e sensorialidade nos meios audiovisuais

    Período do desenvolvimento:
    Agosto de 2019 a julho de 2020

    Supervisor(a):
    Mariana Baltar

    Resumo do projeto:

    Este projeto pretende ampliar as investigações realizadas pelo proponente, nos últimos anos, no campo dos estudos sobre sensorialidade nos meios audiovisuais, buscando compreender de que formas a dimensão sensória/afetiva da experiência fílmica está articulada a usos específicos de elementos da linguagem audiovisual e da mise-en-scène – a partir de uma concepção do espectador como um “sujeito cinestésico” (SOBCHACK, 2004), que experimenta a imagem não somente como representação, mas também como "acontecimento" (SHAVIRO, 2015), através de engajamentos corpóreos diversos. Este estudo dá continuidade a essa empreitada, concentrando-se especificamente em dois desses modos de engajamento – a “visualidade/escuta háptica” (MARKS, 2000) e a “ressonância carnal” (PAASONEN, 2011) – e suas dinâmicas de produção de excesso, de modo a compreender os modos como categorias como afeto, sensorialidade e mediação corporal participam da construção de experiências espectatoriais não-hegemônicas, no âmbito dos meios audiovisuais contemporâneos. Para isso, trabalharemos com três dimensões corporais existentes no processo espectatorial: além do corpo do espectador, também abordaremos os corpos filmados e o próprio filme como um corpo a afetar o espectador.

    O foco principal da pesquisa encontra-se na produção audiovisual contemporânea, podendo também se reportar ocasionalmente a obras audiovisuais do passado para traçar possíveis genealogias e paralelos. Uma vertente do estudo, de caráter mais específico, concentra-se em obras audiovisuais destinadas ao público LGBT+/Queer, buscando aproximar os conceitos acima citados às propostas de uma “pedagogia do desejo” (BALTAR, 2015), que visa engajar sensória e sentimentalmente o espectador com base na estimulação do prazer visual, e de uma “fenomenologia queer” (AHMED, 2004) que analisa as relações entre corpos não-heteronormativos e espaços cotidianos – e, assim, poder repensar a inserção desses sujeitos no próprio espaço fílmico, através do que tenho denominado “sensorialidades queer” (VIEIRA JR, 2018).

  • Marina Caminha Ferreira Gomes Projeto: Riso como política: uma análise ética, estética e catártica da gargalhada midiática em obras audiovisuais

    Período do desenvolvimento:
    Setembro de 2019 a agosto de 2020

    Supervisor(a):
    Maurício de Bragança

    Resumo do projeto:

    O projeto tem como objetivo analisar narrativas audiovisuais, em especial aquelas produzidas e disponibilizadas na internet e na televisão, que mobilizam o universo do humor como formas de colocar em cena questões políticas vinculadas à colonização dos corpos subalternizados. Parto do pressuposto que na década de 1980, forjou-se no Brasil um imaginário de consumo televisivo através de uma pedagogia estética dos modos de produção vinculados ao audiovisual com a finalidade de interligar cultura juvenil e cultura televisiva. Nesse contexto, o humor é seminal como estética e ética na convocação que faz aos corpos dos espectadores. Proponho analisar a relação entre humor e violência no cenário midiático brasileiro como instrumento primordial do debate político. Projeto financiado com bolsa Faperj – Pós-doutorado Senior

  • Rodrigo Cazes Costa Projeto: Gêneros narrativos no cinema contemporâneo brasileiro: análise da filmografia de Marco Dutra e Juliana Rojas

    Período do desenvolvimento:
    01 de agosto de 2019 a 31 de julho de 2020

    Supervisor(a):
    Mariana Baltar

    Resumo do projeto:

    Por meio da análise de curtas e longas-metragens dirigidos por Marco Dutra e Juliana Rojas, assim como de entrevistas com os realizadores e revisão bibliográfica, investigaremos como as referências aos gêneros cinematográficos (terror, suspense, musical, etc.) presentes em sua filmografia são utilizadas, nas narrativas fílmicas, para abordar questões presentes (racismo, desemprego, especulação imobiliária, desigualdade social, etc.) na sociedade brasileira contemporânea. As referências aos gêneros narrativos, encontradas, principalmente, no cinema clássico hollywoodiano, mas, também, por exemplo, na filmografia produzida na Boca do Lixo paulistana durante as décadas de 1960 a 1980 ou nas chanchadas cariocas dos anos 1930-1950, remetem a um cinema popular, de massas, ou seja, um cinema, a princípio, voltado ao entretenimento e não à reflexão de temas sérios. A hipótese da pesquisa é que o procedimento de utilização das convenções genéricas pelos cineastas em seus filmes seria uma maneira de , sem recorrer à desconstrução, à paródia ou ao pastiche e circulando a sua produção por um circuito que não é habitual para o cinema de gênero, fazer com que a crítica social seja feita em uma segunda camada de leitura, tornando-a mais palatável à recepção do espectador.

  • Carolina Oliveira do Amaral Projeto: Conforto Narrativo: melodrama, crise e catarses de ficções seriadas televisivas

    Período do desenvolvimento:
    Outubro de 2019 a setembro de 2020 (renovável por mais 2 anos)

    Supervisor(a):
    Mariana Baltar

    Resumo do projeto:

    A pesquisa analisa como o contexto atual estadunidense de crise democrática (Levitsky e Ziblatt, 2018) se combina a histórias reconfortantes, otimistas e lacrimosas, como This is us (2016-), melodrama familiar televisivo cujo sucesso desencadeou uma tendência que se chamou de comfort food tv (Adalian, 2017), em referência ao termo gastronômico a comidas pouco saudáveis que, no entanto, causam conforto em momentos de fragilidade emocional. A pesquisa investiga teoricamente esta ideia de um “conforto narrativo” da indústria televisiva como uma “catarse” (uma série de recompensas sensoriais e afetivas promovidas pela história ao espectador), própria do melodrama, e a capacidade do gênero de lidar dramaticamente com as questões em pauta na sociedade (Xavier, 2003). Apesar de se tratar de um fenômeno observado na TV norte-americana, a pesquisa também reflete sobre a narrativa de crise no momento atual brasileiro e o “conforto narrativo” via folhetim, através da análise de novelas recentes. Projeto financiado com bolsa Faperj – Pós-doutorado Nota 10

  • Flora Daemon Projeto: De corpo presente: uma genealogia das marcas de autor nas imagens de violência

    Período do desenvolvimento:
    01/02/2020 a 31/01/2021

    Supervisor(a):
    Mariana Baltar

    Resumo do projeto:

    Esta pesquisa se dedica a observar as marcas de presença de autor na constituição das imagens violentas a partir de uma perspectiva genealógica. Nossa hipótese se baseia na ideia de que houve uma mudança na forma de atuação dos corpos dos perpetradores diante das câmeras. Se até pouco tempo os dispositivos fílmicos ou fotográficos priorizavam o foco na vítima, e a presença do violador era percebida apenas por meio de indícios que escapuliam ao objetivo de invisibilidade, em muitos registros contemporâneos é possível identificar o crescimento de uma carga de intencionalidade de presença por parte do sujeito da violência. Nos voltaremos inicialmente, e a partir dos fundamentos da genealogia em Foucault, a acervos de equipamentos de preservação da memória das vítimas de violência de regimes ditatoriais. Nosso objetivo será o de identificar, nas cenas capturadas, os vestígios dissimulados da presença do sujeito violador em materiais imagéticos como os concernentes ao “Registro de Extremistas”, parte do Arquivo Provincial da Memória de Córdoba, na Argentina. Por se tratar de negativos e não de fotos reveladas, é possível pensar que tais peças extrapolam a ideia de retratos policiais justamente por colocar em cena elementos incomuns a este tipo de fotografia: os corpos fugidios dos algozes. Fragmentados, desmembrados, ativos e presentificados, os perpetradores da violência aparecem inevitavelmente inscritos na materialidade daquelas imagens na qualidade de sujeitos do delito e do discurso. Na medida em que nosso objetivo é refletir sobre as alterações no regime de presença no qual se inserem os perpetradores contemporaneamente, nos voltaremos a analisar o crescimento e a prevalência da ostentação do corpo que infringe dor diante das câmeras. Acreditamos que essa passagem da ocultação da identidade para a ostentação da identificação pode ser um elemento-chave para a compreensão do fenômeno deliberado de exposição de si que considera, inclusive, o reconhecimento como fim e não como risco.